EUROPA Papa pede «novos caminhos» para a solidariedade
EUROPA
Papa pede «novos caminhos»
para a solidariedade
Set 13, 2018 - 15:44
Polónia acolhe assembleia
plenária do Conselho das Conferências Episcopais Europeias
Poznan, Polónia, 13 set 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco apelou hoje à
descoberta de “novos caminhos” para a solidariedade, numa mensagem enviada ao
Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), que está reunido na
Polónia para debater o tema.
O pontífice pede uma “solidariedade generosa e responsável” que consiga
identificar caminhos de “fraterna colaboração pastoral, no sulco dos valores
espirituais que forjaram o pensamento, a arte e a cultura da Europa”.
Francisco defende um reforço da comunicação entre os bispos do continente
para impulsionar o trabalho da Igreja Católica, “especialmente em favor dos
jovens”, ajudando-os a “descobrir o contributo da fé para a unidade do
continente europeu”.
A mensagem foi lida pelo núncio apostólico na Polónia, D. Salvatore
Pennacchio.
A cidade polaca de Poznan acolhe entre hoje e domingo a Assembleia
Plenária do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), dedicada ao
tema da solidariedade.
O encontro anual prevê uma apresentação do trabalho do Vaticano na área do
Desenvolvimento Humano Integral; um relatório do CCEE e uma apresentação sobre
as atividades realizadas e as planeadas pelas comissões deste organismo, que
engloba representantes de episcopados católicos de 45 países.
A cidade de Poznan está a celebrar o 1050.º aniversário do primeiro
bispado na Polónia.
O encontro marca o final do serviço do sacerdote português Duarte da Cunha
como secretário-geral do CCEE e vai contar com a participação do presidente e
do secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente e padre
Manuel Barbosa.
Na conferência de imprensa
inaugural dos trabalhos, o presidente do CCEE deixou votos de que este encontro
tenha “consequências práticas nas igrejas, as comunidades católicas” e sobre
todo o continente.
“A solidariedade, que se declina no voluntariado, particularmente, muitas
vezes é retribuída”, advertiu o responsável, para quem existe a perda da
consciência coletiva de um “valor fundamental para o humanismo, a gratuidade”.
“O esquecimento da gratuidade, que deve ser a alma da solidariedade em
todas as suas formas, trai o Evangelho e empobrece o humanismo”, acrescentou.
Já o cardeal Vincent Nichols, vice-presidente do CCEE e arcebispo de
Westminster (Inglaterra), considerou que o sentido de solidariedade e o sentido
de gratuidade “estão em risco” numa sociedade que se baseia no indivíduo.
Por outro lado, prosseguiu, há muitos jovens que estão motivados para se
envolverem em ações de “solidariedade genuína”.
Projetando o próximo Sínodo dos Bispos, em outubro, o cardeal inglês
convidou a valorizar o trabalho de solidariedade com os pobres como “caminho de
formação para jovens”.
A sessão de abertura contou com a presença de Mateusz Morawiecki,
primeiro-ministro da Polónia.
OC
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