DOENÇAS CRÓNICAS ONU: Doenças crónicas são responsáveis por sete em cada 10 mortes

DOENÇAS CRÓNICAS
ONU: Doenças crónicas são responsáveis por sete em cada 10 mortes
27 setembro 2018  UNNEWS
Opas/OMS/Jane Dempster
Mulheres recebem vacina contra câncer cervical.
Em Nova Iorque, líderes mundiais discutem combate às doenças que matam mais pessoas no mundo; Michael Bloomberg foi nomeado para novo mandato como embaixador global da Organização Mundial da Saúde para este tema.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus, disse esta quinta-feira que as doenças crônicas matam 41 milhões de pessoas todos os anos, muitas delas jovens.
Ghebreyesus falou num encontro de alto nível sobre prevenção e controlo deste grupo de enfermidades, na sede da ONU em Nova Iorque. Segundo a OMS, câncer, diabetes, doença pulmonar, doenças cardíacas e acidente vascular encefálico são responsáveis por sete em cada 10 mortes.
Prevenção
O chefe da OMS afirmou que é possível evitar 10 milhões dessas mortes até 2025. O representante lembrou que nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs, os Estados-membros se comprometeram em reduzir o número de mortes em um terço até 2030.
Paciente verifica os seus níveis de glucose. , by Opas/OMS

Ghebreyesus informou que os países “estão perigosamente fora do objetivo”. A este ritmo, menos de metade das nações vão cumprir essa meta. Para o chefe da OMS, “ainda é possível mudar de caminho, e é possível fazê-lo agora”.
Este ano, a agência da ONU lançou um Plano de Ação Global para estas doenças com 16 medidas. Segundo Ghebreyesus, os seus benefícios “vão além da saúde e podem ser uma poderosa ferramenta econômica”. A OMS calcula que a sua implementação pode gerar US$ 350 bilhões em crescimento económico até 2030. 
Compromissos
A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, também participou no encontro, em representação do secretário-geral, António Guterres.
Mohammed pediu aos líderes presentes que “cumpram os compromissos já feitos” em relação a estas doenças, lembrando que o seu impacto é sentido em todos os países. A vice-chefe da ONU acredita que “o sucesso exige um compromisso forte, mais investimento, inovação e planos e políticas que assegurem a sua implementação”.
Embaixador
Esta quinta-feira, o diretor-geral da OMS também nomeou Michael Bloomberg para o segundo mandato como embaixador global da OMS para doenças crônicas não transmissíveis.
Em nota, Ghebreyesus disse que o empresário e ex-prefeito da cidade de Nova Iorque “tem tido um impacto tremendo nesse papel nos últimos dois anos”.
Na mesma nota, Bloomberg explicou que "as cidades e países começam a fazer progressos e, quão mais rápido for a ação, mais vidas serão salvas." UNNEWS

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