EUROPA Bispos católicos propõem cultura de solidariedade para superar individualismo e nacionalismos


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Bispos católicos propõem cultura de solidariedade para superar individualismo e nacionalismos
Set 15, 2018 - 18:04
Trabalhos do Conselho das Conferências Episcopais Europeias destacaram impacto do voluntariado
Foto: Episkopat.pl

Poznan, Polónia, 15 set 2018 (Ecclesia) – O presidente do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), cardeal Angelo Bagnasco, defendeu hoje uma nova cultura de solidariedade no continente, capaz de superar o individualismo e os nacionalismos.

“Apesar de uma cultura que nos leva a ser individualistas, separados uns dos outros, como pessoas, como grupos e como Estados. Apesar de tudo isto, mais, por causa de tudo isto, há necessidade de anunciar a esperança que é Jesus, o qual fez de nós um povo novo. É preciso recuperar, com o anúncio de Cristo, a dimensão relacional e, portanto, a dimensão comunitária”, disse o arcebispo italiano, aos jornalistas, no final dos trabalhos da assembleia plenária do CCEE, que decorrem na cidade polaca de Poznan.

O responsável assinalou que a Igreja Católica quer ser uma “consciência crítica” na Europa.
“A Igreja não é perita de geopolítica, por isso, diante de tantos problemas complexos, os bispos comportam-se como pastores, cuja missão é, acima de tudo, Jesus Cristo, plenitude da verdade, fonte do verdadeiro humanismo, e formar as consciências”, precisou.
Para o presidente do CCEE, os dados apresentados durante a assembleia plenária sobre o voluntariado são uma “tradução concreta” do espírito de solidariedade.
No relatório divulgado esta sexta-feira, o CCEE refere que “não existe nenhuma outra instituição na Europa que contribua de forma tão ampla para o voluntariado e promova formas de voluntariado tão diversificadas como a Igreja Católica”.
O vice-presidente do organismo episcopal, cardeal Vicent Nichols, elogiou o papel da Igreja como promotora de voluntariado, “uma parte importante de uma boa sociedade”.
O arcebispo inglês sustentou que os governos têm o dever de “respeitar” o voluntariado e a sua natureza própria, sem o submeter a “ideologias”.
Presente nos trabalhos, o cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos (Santa Sé), afirmou que “a solidariedade é um valor cristão fundamental”, sublinhando a importância do “testemunho de fraternidade” através do voluntariado, que ajuda a criar uma “cultura global de ajuda recíproca, de acolhimento”. ECCLESIA

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