AIS/peojetos de verão 2019 Fundação AIS apoia «mais de 40 projetos de verão»
AIS/peojetos de verão 2019
Fundação AIS apoia «mais de 40 projetos de verão»
Ago 1, 2019 - 17:42
Instituição
está atenta aos locais «onde os católicos são minoritários, discriminados ou
sofrem por causa dos conflitos armados»
A Fundação Ajuda à Igreja
que Sofre (AIS) apoia “mais de 40 projetos de verão” em países onde os
católicos são “minoria, discriminados ou sofrem” por causa da guerra, “mais de
metade” no Médio Oriente, sobretudo na Síria.
Na nota enviada hoje à Agência
ECCLESIA, o secretariado português da AIS informa que “cerca de 28 campos de
verão para jovens e famílias” vão ter lugar na Síria que vive um conflito
armado há oito anos.
“Depois de uma guerra
fratricida que provocou uma dramática situação socioeconómica, os cristãos de
várias denominações pertencentes às Dioceses de Homs, Alepo, Lataquia e
Damasco, reúnem-se de junho a setembro para retemperar as forças e sanar as
feridas”, desenvolve.
O padre Antoine
Mukhallala, da Igreja Greco-Melquita de Alepo, no regresso de um dos oito
cursos de verão organizados pela Comunidade Fé e Luz destacou a história de uma
viúva que tem dois filhos menores e um é autista.
“Apesar da sua presença e
participação no grupo, poucas vezes falava sobre o seu marido falecido ou sobre
a sua filha. Recusava todas as formas de alegria apesar dos esforços de muitas
pessoas que tudo faziam para a tirar da sua dor. […] A mulher voltou a aprender
que a vida é bonita graças à mudança que detetou no comportamento da sua filha
autista que, inclusive, a convidou para dançar com ela”, recordou.
Neste contexto, recordou ainda
que no final do campo de férias esta mãe disse que “se o campo de férias
tivesse demorado mais uma semana” tinha “a certeza absoluta que a Jenny teria
começado a falar”.
O padre Antoine
Mukhallala explica que esta mulher “sofreu muito e vivia numa profunda solidão”
porque o marido foi assassinado quando “tentava embarcar nos ‘barcos da morte’
para a Europa” e “recebeu o corpo do marido degolado”.
“Participei em muitos
acampamentos de verão durante os meus sete anos de sacerdote, mas o último, foi
um dos mais bonitos onde experimentei a alegria do amor, com o grupo ‘Família
da Esperança’, em Kfarsetta”, afirmou o padre Greco-Melquita de Alepo.
A fundação pontifícia Ajuda à
Igreja que Sofre – ACN (designação internacional) – salienta que “muitas outras
crianças, jovens e famílias podem usufruir” neste verão de um campo de férias
onde “é possível fortalecer-se, não apenas física e psicologicamente, mas
também espiritualmente”, para além da Síria também no Egipto,
na Jordânia, na Palestina, no Líbano, na Crimeia ou
na República Democrática do Congo.
“Agradecemos todo o vosso
apoio sem o qual não teria sido possível organizar o nosso acampamento.
Sem a vossa ajuda não teria sido possível ter esta experiência que nos levou
mais perto do lema do nosso acampamento: ‘Com Deus, construímos a
comunidade’”, acrescentouainda o padre Antoine Mukhallala.
A fundação pontifícia AIS
procura que “a Igreja em geral esteja informada sobre a Igreja perseguida” e
foi fundada pelo padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de
Fátima, em 1947.
CB
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