MOÇAMBIQUE/ paz e reconciliação Papa envia mensagem pela «reconciliação» em Moçambique, antes de visita ao país lusófono
MOÇAMBIQUE/ paz e reconciliação
Papa envia
mensagem pela «reconciliação» em Moçambique, antes de visita ao país lusófono
Ago 30, 2019 - 10:15
Francisco vai chegar a Maputo
no dia 4 de setembro
“Que o Deus e Pai de todos consolide a reconciliação,
reconciliação fraterna em Moçambique e na África inteira, única esperança para
uma paz firme e duradoura”, deseja Francisco.
A 1 de agosto, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o
líder da Renamo, Ossufo Momade, assinaram um acordo de cessação das
hostilidades, para o fim formal dos confrontos entre as forças governamentais e
o braço armado do principal partido da oposição.
O Papa dirige-se ao “querido povo de Moçambique”,
sublinhando que, apesar de não se deslocar a outras cidades além da capital,
deseja dirigir-se a toda a população, em particular aos que vivem momentos mais
difíceis.
“O meu coração alcança e abraça a todos vós, com um lugar
especial para quantos vivem atribulados. Desde já vos queria deixar esta
certeza: estais todos na minha oração. Anseio pelo momento de vos encontrar”,
refere.
Francisco convida todos a rezar pela paz, evocando a visita
de São João Paulo II a Moçambique,
até hoje o único pontífice a visitar o país lusófono – de 16 a 19 de setembro de 1988, no contexto de uma viagem alargada
a África.
Terei a alegria de partilhar
diretamente convosco estas convicções e também de verificar como cresce a
sementeira feita pelo meu antecessor São João Paulo II. Esta viagem
permitir-me-á encontrar a comunidade católica e confirmá-la no seu testemunho
do Evangelho, que ensina a dignidade de cada homem e mulher e exige que abramos
os nossos corações aos outros, especialmente aos pobres e necessitados”.
A intervenção conclui-se com um agradecimento a todos os que
estão envolvidos na preparação da viagem e uma bênção, com a invocação da
Virgem Maria.
“Até breve”, diz o Papa.
Francisco chega à capital moçambicana pelas 18h30 (menos uma
em Lisboa) de 4 de setembro, após um voo de 10 horas e meia desde Roma, sendo
acolhido no aeroporto de Maputo.
O programa oficial inicia-se a 5 de
setembro, com a visita ao Palácio da Ponta Vermelha, para um encontro com o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, seguindo-se a
primeira das cinco intervenções pontifícias programadas, um discurso a representantes da sociedade civil e do corpo
diplomático.
Ainda nesse dia, Francisco preside a um
encontro inter-religioso de jovens, no Pavilhão de
Maxaquene; à tarde, o Papa encontra-se com
membros do clero, de institutos religiosos católicos, animadores e catequistas,
na Catedral da Imaculada Conceição.
A agenda de 6 de setembro começa com
uma visita ao hospital do Zimpeto,
onde o pontífice fará uma saudação; o momento conclusivo da viagem é a Missa no Estádio do Zimpeto, inaugurado
em 2011; Francisco parte depois do aeroporto de Maputo, rumo a Antananarivo (Madagáscar), visitando ainda o território malgaxe e a Maurícia, até 10 de setembro.
A viagem a Moçambique, a convite das
autoridades políticas e da Conferência Episcopal, tem o lema ‘Esperança. Paz. Reconciliação’.
Esta será a quarta viagem do atual
pontífice a África, após as visitas ao Quénia, Uganda e República
Centro-Africana, em 2015; ao Egito, em 2017; e a Marrocos, que decorreu entre
30 e 31 de março deste ano.
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