PAQUISTÃO. Tragédia sem limites Criança assassinada por dívida de cerca de 2 euros está a chocar a comunidade cristã
PAQUISTÃO. Tragédia sem limites
Criança assassinada por dívida de cerca de 2 euros está a chocar a comunidade cristã
01-8-2019 AIS
A criança, identificada como Badal Masih, terá sido espancada até à morte quando procurava saldar a dívida que tinha contraído junto do patrão. Segundo relatou posteriormente a mãe de Masih, a criança terá afirmado que se recusava também a continuar a trabalhar no lixo, o que terá enfurecido o patrão dando origem às agressões. A família de Badal Masih é muito pobre e, por essa razão, a criança decidiu trabalhar para ajudar de alguma forma a economia doméstica. O trabalho no aterro de lixo era pago de forma absolutamente miserável. Segundo a agência de notícias AsiaNews, Badel Masih receberia o equivalente a 50 rupias por dia, o que equivale a cerca de 60 cêntimos. Dias antes de ter sido assassinada, a criança pediu um empréstimo de 180 rupias ao patrão, pouco mais de 2 euros, para despesas urgentes em casa. Na quinta-feira, dia 11 de Julho, o patrão, identificado como Ifran, exigiu o pagamento da dívida. Badal Masih regressou a casa, pediu o dinheiro à mãe e regressou à lixeira para saldar a dívida, af rmando também que iria deixar de trabalhar para Ifran. Enfurecido, Ifran e um seu irmão, Akram, agrediram então a criança “com ferocidade, atingindo-a na cabeça com barras de ferro”. Os gritos da criança alertaram os vizinhos que chamaram a polícia. A mãe de Badal Masih apresentou queixa contra os dois homens, tendo afirmado que o filho teria sido também violentado. A autópsia, porém, escreve a AsiaNews, não confirma ter havido violência sexual. Este caso, que está a indignar a comunidade cristã, mereceu de imediato a condenação por parte de Joel Amir, um dirigente político paquistanês que pertence ao governo regional do Punjab e que recentemente esteve em Lisboa, na sede da Fundação AIS, a denunciar precisamente a situação de insegurança e de ecundarização a que as minorias religiosas estão sujeitas no Paquistão. Sobre este caso, Joel Amir condenou “o acto desumano de extrema tortura e de presumível violação” da criança, sublinhando que “esta é a mentalidade doentia” da sociedade paquistanesa que classifica de “cruel” pois “não considera os membros das minorias religiosas como seres humanos”. Acrescentando que “os pedófilos estão a arruinar a imagem do Paquistão no mundo”, Joel Amir pediu ao Governo para tomar “medidas duras” contra os culpados, “levando-os à Justiça”, pois eles devem “ser punidos de acordo com a lei”. |
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