POLITICA/ revitalizar democracias Papa destaca necessidade de “revitalizar as democracias»
POLITICA/ revitalizar democracias
Papa destaca
necessidade de “revitalizar as democracias»
Ago 19, 2019 - 18:09
No prefácio de uma nova
publicação do Vaticano dedicada aos Movimentos Populares que representam os
mais carenciados da sociedade
Foto Vatican Media |
O Papa assina o
prefácio de uma nova obra dedicada aos Movimentos Populares, editada pelo
Vaticano, e que congrega 5 anos de acompanhamento ao trabalho que é realizado
por milhares de associações sociais e civicas em todo o mundo.
No início da publicação, intitulada “A afirmação dos
Movimentos Populares: a Rerum Novarum do nosso tempo’, e compilada pela Pontifícia
Comissão para a América Latina, Francisco realça que os movimentos populares
que integram e representam os mais carenciados são como “o fermento de uma
profunda transformação social”.
“Uma fonte de energia
moral para revitalizar as nossas democracias”, pois “o antídoto para o
populismo e para o chauvinismo político está nos esforços da iniciativa cívica
organizada”, na primazia do “nós” sobre o “culto do eu”, escreve o Papa
argentino.
Francisco frisa ainda
que todos quantos vivem hoje nas periferias da sociedade não são apenas uma
porção da população que deve ser apoiada pela Igreja Católica.
São antes de mais
como “um rebento que, tal como uma semente de mostarda, irá dar muito fruto”.
Este novo livro, que
conta com um prefácio assinado pelo Papa Francisco, aprofunda temáticas que
estiveram no centro de vários encontros mundiais que tiveram lugar no
continente americano desde 2014, e que contaram com milhares de representantes
dos movimentos populares.
Recorde-se que também
o Vaticano, através do Conselho Pontifício Justiça e Paz, acolheu em outubro de
2014 um encontro mundial de Movimentos Populares.
Na altura estiveram
presentes trabalhadores precários e da economia informal, migrantes, indígenas,
pessoas sem-terra e representantes de zonas periféricas, que tiveram
oportunidade de ser recebidos em audiência pelo Papa.
Agora no prefácio do
referido livro, Francisco salienta que “os Movimentos Populares representam uma
importante alternativa social”, como que “um grito” que ressoa das “entranhas”
da sociedade, “um sinal de contradição, e uma esperança de que tudo pode
mudar”.
“Os Movimentos Populares são a demonstração tangível e
concreta de que é possível seguir um rumo contra corrente à cultura atual…
através da criação de novas formas de trabalho centradas na solidariedade e na
comunidade”,
afirma o Papa
Ao resistirem à “tirania do dinheiro”, através da sua labuta
e sofrimento, os Movimentos Populares afirmam-se também como importantes
“sentinelas” na salvaguarda de um futuro melhor, acrescenta Francisco,
que apela a um “novo humanismo” capaz de contrariar a atual falta de compaixão
e de cuidado com o bem-comum.
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