65 | O único Natal o Natal de Jesus

65 | O único Natal o Natal de Jesus 
O Natal é muito mais do que um acontecimento que nos é tradicionalmente familiar. Vivemo-lo cada ano como se ele fosse o primeiro e devemos preparar-nos para ele como se fosse o último. Para os que não são cristãos, e não aceitam Jesus como o Filho de Deus e nosso Salvador, é uma festa que lhes recorda momentos da infância marcados por lembranças, presentes, prendas, pais Natais, montras iluminadas, as pessoas mais bem dispostas, um ambiente mais familiar, mais alegria nos lares, um ambiente de festa com um conteúdo apenas passageiro, uma mesa com doces de todo o género e próprios da época natalícia. Até tudo isto faz crer que as pessoas são melhores do que se pensa. Para os cristãos que aceitam Jesus como Salvador, o Natal faz-nos abrir as portas do nosso coração para Jesus, Filho de Deus que se faz criança, amparado por Maria e José, e visitado pelos pastores e pelos magos do Oriente, que lhe oferecem seus presentes. Imitam, com certeza o gesto de profunda meditação na realidade única de Belém, “a casa do pão”, onde podem adorar o Esperado das Nações. Dele perguntou, vinte e seis séculos atrás, surpreendido, o profeta Isaías: “Porque nos deixaste andar longe de teus caminhos”? (Is 63, 17). O mundo de hoje consumista e egocentrista, numa solidariedade que muitas vezes não passa de filantropia, não está preparado nem quer receber o Salvador. Andam longe dos caminhos de Deus e até das leis próprias da natureza humana, fazendo outras a seu bel prazer, mais adaptadas aos seus instintos a rondar o ambiente selvagem. Rejeitam e fazem tudo para que os outros rejeitem Deus. Estamos numa Europa descrente embora a nível de cúpulas se tente um diálogo positivo entre a UE e os Bispos da COMECE (Bispos europeus), em todos os âmbitos que poderão trazer a paz, e uma vida sustentável, hoje e no futuro, como vimos na Reunião de Copenhaga a respeito do meio ambiente, dos graves problemas climáticos e dos problemas nucleares. Os homens pensam em guerras, mesmo falando da 132 paz. Armam-se para fazer o outro temer a morte e destruição que pode provocar uma bomba atómica, por exemplo. Até um grande grupo precisa de provocar e activar guerras para produzir armamento. O negócio é vida e riqueza para uns e morte e miséria abominável para outros. É que acolher Jesus exige conversão, pois Ele é “o único que pode darnos a paz”, como refere Bento XVI. Temos de por de lado nossas estrelas, destruir caminhos perigosos, matar o mal da inveja, da arrogância, e da sede desenfreada do prazer, das leis iníquias e inválidas porque contra a própria natureza do homem, do desejo insaciável dos bens terrenos que deixamos quando morremos. Sabemo-lo mas imperiosamente muitos estão atrelados a ideologias que acham salvadoras num tecnicismo balofo, que corrói e mata por dentro num vazio que obriga a falar muito alto para calar a voz da consciência que fala lá do íntimo de cada um deles. O evangelista João escreveu: No princípio era o Verbo... Todas as coisas foram feitas por ele... A luz resplandesce nas trevas, mas as trevas não a compreenderam... Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1, 1. 3.5.11). É triste vir ao meio do seu povo, viver com os homens e mulheres do seu tempo, morrer e ressuscitar... E os seus não o receberam. Nem havia lugar para ele. Nasceu numa gruta. O Natal traz discursos dos governantes. Alguns vão dizer mentiras. O melhor seria estarem calados ou então falarem dos problemas do povo sofrido e tentarem resolvê-los com consciência e firmeza. No silêncio meditativo, sejamos os cristãos neste Natal apóstolos da nova evangelização, procurando por todos os meios que os que já creram e não crêem voltem ao caminho certo. É mais difícil convencer um descrente que um pagão. Mas mãos à obra, como discípulos e apóstolos da Boa Nova. A vinda de Jesus ao nosso meio, é o único Natal.

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