MARQUES/s650€.lucros.prémios Salário mín.650 euros, prémios de natalidade e participação nos lucros

MARQUES/650€.lucros.prémios
Salário mín.650 euros, prémios de natalidade e participação nos lucros
15 DE FEVEREIRO DE 2019 - 07:54
O Grupo José Pimenta Marques, em Braga, atualizou em janeiro o salário mínimo pago aos colaboradores para 650 euros e aumentou o subsídio de refeição em 20%. Medidas a que se somam benefícios como a distribuição de lucros ou o pagamento de um prémio de 500 euros pelo nascimento de cada filho.
Foto: DR

No grupo de que faz parte a empresa Balanças Marques ninguém ganha 600 euros, o valor do Salário Mínimo Nacional fixado pelo Governo para o setor privado em 2019. A administração fez as contas e decidiu aumentar o salário mínimo 50 euros acima do estabelecido por lei.
"Havendo condições, parece-nos que é o mínimo que podemos atribuir aos nossos funcionários para poderem ter uma qualidade de vida razoável", revela Tiago Marques Pereira, um dos administradores.
Em rigor, esclarece, só cerca de 10% recebe o salário de 650 euros, nomeadamente "colaboradores que são muito recentes na empresa e que, aos poucos, terão a sua atualização [salarial]". A maioria dos funcionários tem vencimento superior "de acordo com um plano de carreira interno, em que os salários também vêm sendo aumentados".
Apesar disso, o administrador desta empresa de Braga compreende os argumentos da generalidade dos patrões que alegam não ter condições para aumentar o salário mínimo acima dos 600 euros. "Porque sei que a nossa realidade não é a mesma da globalidade das empresas. Deve haver um aumento sustentado e devemos trabalhar cada vez mais no aumento da produtividade e da eficiência, para aí começar a criar condições, a criar valor, para que estes salários possam ser aumentados de forma significativa", defende Tiago Marques Pereira.

Reportagem da jornalista Liliana Costa
Um aumento do salário mínimo acima do previsto na lei, além da subida do subsídio de alimentação em 20%, não são as únicas vantagens desta empresa. Há um plano de benefícios que contempla, por exemplo, um prémio de natalidade de 500 euros, como o que recebeu Adriana Costa, colabora do departamento financeiro, quando foi mãe no ano passado: "Quando nasce um filho é sempre preciso um dinheiro extra para as fraldas, para as vacinas e este prémio veio mesmo a calhar", refere, acrescentando outros benefícios de que dispõe, nomeadamente "ginásio, distribuição de lucros e outras medidas como a disponibilização de fruta e água" no local de trabalho.
Bruno Silva, que trabalha no departamento de apoio ao cliente, conta que esta política de benefícios tem chamada a atenção de muita gente: "Abordaram-me muitas vezes para saber se era mesmo verdade que a minha empresa dava um prémio de 500 euros pelo nascimento de um filho e outras regalias. E tive colegas meus que acabaram por vir entregar currículos porque foram pesquisar a empresa, que até aí não conheciam", recorda.
Além de atrair novos colaboradores, estas medidas têm contribuir para reter os que já cá trabalham. "Quando conseguimos encontrar no trabalho algo mais para além dele isso faz-nos permanecer numa instituição", realça Adriana Costa.
Tiago Marques Pereira, da administração, não tem dúvidas de "um conjunto de medidas que possam fazer com que as pessoas se sintam bem, cómodas, no seu local de trabalho vai fazer com que elas consigam aumentar a sua eficiência e produtividade", revelando que "a rotatividade de colaboradores diminuiu" após a implementação daquele plano de benefícios. Por outro lado, "e como a empresa tem tido nos últimos anos um crescimento acentuado e estamos sempre a necessitar de novos colaboradores, também sentimos que a nossa imagem no mercado de trabalho melhorou e conseguimos atrair cada vez mais pessoas em quantidade e em qualidade", acrescentou.
Com um modelo familiar de gestão empresarial, as empresas do Grupo José Pimenta Marques, um dos maiores produtores nacionais de equipamentos de pesagem, empregam atualmente 110 pessoas.






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