ANGOLA Luaty Beirão põe fim a greve de fome
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Luaty Beirão põe fim a greve de fome
Notícia é avançada pelo site
Rede Angola.
O rapper
angolano, que iniciou esta greve de fome há 36 dias em protesto contra o tempo
excessivo de prisão preventiva e que continua detido, enviou uma carta, através
de familiares, a este site, dando conta da sua decisão.
A
missiva é dedicada aos 14 companheiros detidos, que a 21 de outubro tinham
apelado a Luaty para que terminasse a sua greve de fome, mas é uma carta também
dirigida à sociedade civil.
“Junho
vai longe. Passámos muitos dias presos em celas solitárias, alguns sem comer,
com muitas saudades de quem nos é próximo. Pelo caminho sentimos a
solidariedade da maioria dos prisioneiros e funcionários. Tivemos apoio de
família e amigos", pode ler-se na carta de Luaty Beirão publicada pelo Rede
Angola.
Luaty
Beirão diz também que os últimos tempos permitiram-lhe ver pessoas "que
lutaram pelo nosso país e viveram o que estamos a viver, a saírem da sombra e a
comprometerem-se em nossa defesa, para que a História não se repita".
Escreve
ainda o ativista, que tem estado internado sob detenção numa clínica de
Luanda, que está "inocente", declarando também "o fim da
greve de fome". À agência Lusa, o advogado do ativista já confirmou a
decisão.
“Não
vou desistir de lutar, nem abandonar os meus companheiros e todas as pessoas
que manifestaram tanto amor e que me encheram o coração. Muito obrigado. Espero
que a sociedade civil nacional e internacional e todo este apoio dos media não
pare", realça ainda.
Recorde-se
que Luaty Beirão integra um grupo de pessoas que se encontra detido há 129
dias, acusado de rebelião contra o regime angolano.
A
pressão internacional tem-se feito sentir nos mais diversos quadrantes, tendo
havido, no caso português, um apelo para que o Ministério dos Negócios
Estrangeiros assumisse uma postura mais interventiva no caso.
Já em
Angola, onde as manifestações contra o governo são reprimidas com violência, o
Jornal de Angola deu voz às críticas do regime, que considera tratar-se de um
caso em que tem havido ingerência externa nos assuntos do país. NM
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