PORTUGAL "Não poderia ter sido outra a decisão"
PORTUGAL
"Não poderia ter sido outra a decisão"
Manuela Ferreira Leite analisou a indigitação de Passos Coelho como
primeiro-ministro.
POLÍTICA FERREIRA LEITEHÁ 3 HORASPOR NOTÍCIAS AO MINUTO
No tempo de antena da TVI, no programa ‘Política Mesmo’, Manuela Ferreira Leite fez uma análise à indigitação de Passos Coelho como primeiro-ministro, anunciada hoje por Cavaco Silva |
“Não poderia ter sido outra a decisão que o Presidente tomou”,
afirma. No entanto, sobre a questão da estabilidade (ou falta dela) sobre o
Governo que será formado, “evidentemente que não será um governo estável, mas é
o que há”.
Sobre a possibilidade que
havia em Cavaco indigitar imediatamente um primeiro-ministro sem que houvesse
procura de entendimentos, Manuela Ferreira Leite considera a ideia
“absolutamente antidemocrática”.
“Ouvir
os próprios deputados a considerarem que é uma perda de tempo discutir esse
assunto é algo que me deixa perplexa. Significa que eles próprios estão a dizer
que são idiotas e que não têm pensamento próprio. Para isso, mais valia haver
apenas um deputado na Assembleia”, opinou.
Sobre a
hipótese de haverem interesses conjunturais que se sobrepuseram ao interesse
nacional, tal como referiu Cavaco, Manuela Ferreira Leite admite essa
possibilidade, mas “entre vários partidos e não apenas um”.
"Continuo
a lamentar que não tenha sido possível que aqueles partidos que partilham as
mesmas ideias e têm os mesmos projetos, não se tenham conseguido entender e não
tenha havido nada de comum” que tenha levado ao entendimento.
A
antiga ministra das Finanças refere que as negociações entre a coigação e PS
foram "apenas formalismo", e que nunca tinha assistido a uma
negociação "baseada em cartas para trás e para diante", tornadas
públicas pela comunicação social.
Ao
admitir que era percetível a falta de "vontade dos dois lados em haver
negociações", a social-democrata explica que "mesmo que as pessoas
não se deem bem pessoalmente, o mais que pode acontecer é não se visitarem ao
fim de semana, mas isso não significa que não tratem dos assuntos do país de
forma objetiva".
Manuela
Ferreira Leite diz-se ainda "chocada" quando se nota que o PSD tenha
rótulo de direita quando é de centro". "Esse ponto é algo que muito
me preocupa: há muito tempo que eu tenho criticado a ideia do PSD perca a sua
matriz social-democrata, porque é essa matriz que o deixa mais ao centro".
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