UNIÃO EUROPEIA Mais 100 mil lugares para refugiados na União Europeia
UNIÃO EUROPEIA
Mais 100 mil lugares para refugiados na União Europeia
Líderes
da União Europeia e de países dos Balcãs Ocidentais comprometeram-se a reforçar
a capacidade de acolhimento de refugiados, com a criação de mais 100 mil
lugares, dos quais metade na Grécia.
Lusa
MUNDO MIGRAÇÕESHÁ 4 HORASPOR LUSA
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O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, comprometeu-se, numa
reunião realizada no domingo em Bruxelas a aumentar a capacidade em 30 mil
lugares até final do ano, enquanto o Alto-Comissariado das Nações Unidas para
os Refugiados deverá ajudar a criar outros 20 mil lugares também na Grécia.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker realçou como
"imperativo imediato" a disponibilização de abrigos para refugiados e
migrantes, que percorrem a rota dos Balcãs ocidentais, informando que haverá
"acomodação temporária suficiente".
Da reunião saiu também a decisão de enviar, no prazo de uma semana,
400 guardas fronteiriços para a Eslovénia. O reforço de vigilância na fronteira
eslovena foi decidido depois da chegada nos últimos 10 dias de 60 mil
refugiados à Eslovénia e de queixas de falta de comunicação com a vizinha
Croácia.
Juncker anunciou também o reforço da comunicação entre os países,
garantindo que haverá "troca permanente de informações e cooperação
efetiva.
Na lista de compromissos assumidos na minicimeira de domingo, consta
o "desencorajamento de movimentos de refugiados ou migrantes para outro
país ou região" e a aposta no registo das pessoas, com Juncker a garantir
que "sem registo, não há direitos".
A cooperação para o repatriamento de migrantes sem direito a asilo
"será intensificada com o Afeganistão, Bangladesh e Paquistão", lê-se
no documento final da reunião de líderes, no qual se repete a importância de
uma colaboração estreita com a Turquia.
O reforço do apoio da Frontex, a agência europeia de controlo de
fronteiras, às operações, nomeadamente, no mar Egeu e na fronteira da Bulgária
com a Turquia, assim como maior cooperação na gestão de fronteiras entre
Grécia, Macedónia e Albânia foram outros dos pontos acordados.
A minicimeira de domingo, convocada pela Comissão Europeia, contou
com a presença de dirigentes da Áustria, Bulgária, Croácia, Alemanha, Grécia,
Hungria, Roménia, Eslovénia e ainda da Antiga República Jugoslava da Macedónia,
Albânia e da Sérvia, países que não são membros da União Europeia.
Na conferência de imprensa final do evento, a chanceler alemã,
Angela Merkel, resumiu as medidas tomadas e notou a "divisão de
esforços" entre os países que está a ser feita.
Também
a participar nas declarações aos jornalistas, o Alto-comissário das Nações
Unidas para os Refugiados, António Guterres, sublinhou que a Europa "tem obrigação"
de receber quem precisa de asilo e saudou a criação de abrigos para tornar mais
previsível o fluxo e "evitar tragédias que um movimento caótico no
inverno" poderá provocar
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