CRIANÇAS-SOLDADO 5 países onde crianças ainda são usadas em conflitos armados
CRIANÇAS-SOLDADO
5 países onde crianças ainda são usadas em conflitos armados
O uso de crianças do sexo masculino como combatentes e
do feminino como escravas sexuais, ainda é uma realidade
em diversos países no mundo
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A existência de crianças
soldados, ou crianças combatentes, pode parecer um problema longínquo. No
entanto, a verdade é que o quanto elas ainda são comuns pode surpreender. Em 14 países ao redor do mundo –
da Ásia à África para América do Sul – crianças com apenas 10 anos estão sendo
treinadas, armadas e enviadas às linhas de frente em conflitos. Caso essas
crianças sobreviveram ao combate, elas geralmente desenvolvem um conjunto ímpar
de problemas psicossociais que raramente são tratados em seus países.
Abaixo estão listados cinco
países onde o uso de crianças como combatentes ainda é uma realidade
Filipinas
Ainda pior do que isso, as
forças governamentais são conhecidas por prenderem crianças usando de razões
arbitrárias e as expuseram para a mídia como sendo “crianças guerreiras”. A
razão para isso é para mostrar a “desumanidade” dos grupos rebeldes – mesmo com
as denúncias de que o próprio exército também as usa. Quando a organização
Human Rights Watch investigou essas
“crianças guerreiras”, elas descobriram que a maioria dessas crianças deitadas
pelo governo não tinham qualquer relação com os grupos rebeldes.
Índia
Esses garotos, forçados a
viver nas duras condições da vida na selva, recebem uma lavagem cerebral, enquanto
são ensinadas a lutar, atirar e torturar. Em 2008, um vídeo postado pelo
Prepak, mostrou-se grupos de crianças marchando em frente a câmera, totalmente
armados.
Jovens garotas também têm
desaparecido de suas vilas. Um pai alegou ter recebido um telefonema após sua
filha ter sumido, dizendo que ela estava em um campo de treinamento em Myanmar.
Se essas garotas são levadas para combater ou para servir como escravas
sexuais, ainda é desconhecido.
Ainda assim, pelo fato de a
maioria dos combates acontecerem no norte do país, longe dos centros
financeiros poderosos ao sul, poucos no governo estão notando ou se importando
por esse alastramento no uso de crianças como soldado – o que significa que as
oportunidades para a reabilitação são extremamente limitadas.
República
Centro-Africana
A ONU estima que
pelo menos 6 mil crianças estão envolvidas no conflito, incluindo meninos e
meninas. Geralmente, as garotas da região não são levadas para a frente de
batalha – apesar de algumas delas participarem – e sim, para serem usadas como
trabalho escravo e sexual.
No entanto, os abusos sexuais
são raramente limitados à crianças do sexo feminino. Altas taxas de estupro e
escravização sexual entre os meninos foram reportadas nas regiões de conflito.
O uso descontrolado de drogas também foi denunciado, com adultos dopando as
crianças para coibirem seus sentidos de certo e errado. E enquanto a vizinha
Uganda existam diversos programas para ajudarem essas crianças que foram
combatentes, – devido ao seu passado com o grupo rebelde Exército da
Resistência do Senhor – colocar essas crianças em tais programas é praticamente
impossível devido às restrições para a viagem. Ao invés disso, aquelas crianças
que conseguem escapar são deixadas para viver em esquálidos campos de
refugiados.
Somália
Um ancião de uma vila explicou que o Al Shabaab prefere crianças na linha de
frente porque elas não entendem quando uma batalha está sendo perdida ou ganha,
e assim irão apenas continuar a lutar. Fora o fato de que, após anos e anos de
lavagem cerebral e doutrinação, muitas crianças terminam por acreditar que a
guerra do Al Shabaab é uma causa justa.
Colômbia
Vivendo nas duras selvas
colombianas, muitas crianças estiveram sujeitas à constantes treinamentos ao
passo em que estava mal nutridas. Para aquelas que conseguiram escapar, a
situação é tremendamente frágil, pois a deserção é punida com morte. De
qualquer maneira, com crianças tão jovens com 11 anos sendo recrutadas para a
luta, muitas delas jamais chegarão à idade adulta.
Foto de Capa: Gabriel
Galwak/IRIN
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