Uma era de esperança para o continente africano


                
Bento XVI nas visitas que fez ao continente africano deixou bem claro o seu forte encorajamento e  admoestação a quantos continuam a explorar o neocolonialismo com formas pouco ocultas. Os mídia silenciaram propositadamente estes objectivos do Papa atraiçoando a informação que deve transmitir-se acerca da Igreja católica.
Da visita de Bento XVI ao Benim e da exortação apostólica Africae munus que assinou em Ouidah provêm ao contrário uma contribuição importante para a convivência mundial e um apoio real ao compromisso da Igreja católica. Esta conhece bem o continente africano onde o cristianismo tem, raízes muito antigas. Bem o atestam a Etiópia e a escola de Alexandria, como fez ressaltar o Papa evocando os autores cristãos africanos de língua latina e sobretudo repetindo mais uma vez aos jornalistas em voo para Cotonou que no século XXI o anúncio do evangelho no continente não deve parecer um sistema difícil e europeu, mas expressar-se na mensagem universal, ao mesmo tempo simples e profunda, “que Deus nos conhece e nos ama e que a religião concreta suscita colaboração e fraternidade”.  
Bento XVI juntou realismo e esperança nas suas mensagens: “Nesta fase crucial para todo o continente, a Igreja em África, com o seu compromisso ao serviço do Evangelho, com o testemunho de solidariedade efectiva, poderá ser protagonista de uma renovada era de esperança”. 1 Na audiência de quarta-feira, 23 de Novembro 1011, sobre a sua viagem apostólica ao Benim, Bento XVI  quis reafirmar aquele futuro de esperança que a África tem diante de si. Definiu-a como “inesquecível  viagem apostólica”. Momento central da viagem foi a assinatura e entrega, da exortação pós-sinodal  da assembleia especial para a África, realizada em Outubro de 2009.
O Papa espera que as comunidades cristãs do continente possam, orientadas pelo documento,  contribuir com suas riquezas materiais e espirituais, rumo à reconciliação necessária para construir   este futuro de esperança. Convidou o chefes políticos e religiosos a acolher o ardente desejo de liberdade que anima os corações de numerosos povos africanos e a tornarem-se “semeadores de esperança em todas as realidades e ambientes”.
Bento XVI dirigiu a todos os africanos um apelo para serem construtores incansáveis de comunhão, de paz e de solidariedade. Sentiu bem de perto o calor destes sinais de esperanças nas crianças e no mundo do sofrimento, na alegria e fervor dos sacerdotes, religiosos e religiosas e seminaristas.
“Na África vi uma vitalidade do sim à vida, uma vivacidade do sentido religioso e da esperança, uma percepção da realidade na sua totalidade com Deus e não reduzida a um positivismo que, no fim,
apaga a esperança”.

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