ESTADO ISLÂMICO Egipto impõe restrições a mulheres que viajam para a Turquia
Egipto impõe restrições a mulheres que
viajam para a Turquia
17/5/2015,
16:03
O
Egito impôs restrições às mulheres que pretendem viajar para a Turquia, meses
depois de ter adotado medidas semelhante para os homens para impedir que se
juntem ao grupo do Estado Islâmico (EI).
AMEL PAIN/EPA Autor | Agência Lusa
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O
Egito impôs restrições às mulheres que pretendem viajar para a Turquia, alguns
meses depois de ter adotado medidas semelhante para os homens para impedir que
se juntem ao grupo ‘jihadista’ do Estado Islâmico, informou a polícia.
As
mulheres entre os 18 e os 40 anos serão obrigadas a obter uma autorização antes
de viajarem para a Turquia, indicou uma fonte policial à agência noticiosa
francesa AFP, sem precisar os motivos que estão na origem da decisão.
Segundo
o mesmo responsável, a autorização pode ser adquirida em 72 horas.
Um
responsável do aeroporto do Cairo acrescentou que as restrições estão em vigor
desde quinta-feira.
Em
março, a autoridade islâmica do Egito Dar-al-Ifta alertou as mulheres para os
riscos de casarem, através da Internet, com combatentes do grupo Estado
Islâmico (EI) que as aliciam a viajar até aos territórios controlados pelos
‘jihadistas’.
A
autorização tornou-se também necessária, desde dezembro, para os homens que
querem viajar para a Líbia e para a Turquia.
Os
‘jihadistas’ têm lançado ataques regulares no Egito, sobretudo na península do
Sinai, desde que o presidente islamita Mohamed Morsi foi deposto em 2013, e as
autoridades afirmam que muitos deles lutaram na Síria, que faz fronteira com a
Turquia.
Os
‘jihadistas’ alegam que os ataques são uma forma de retaliar contra a repressão
sangrenta dos apoiantes de Morsi, que foi condenado à morte no sábado,
juntamente com uma centena de acusados, pelo seu envolvimento nas fugas em
massa das prisões, em 2011, quando estava em curso uma revolta popular contra o
presidente Hosni Mubarak.
O
presidente turco, Recep Tayyip Erdogan condenou o veredicto contra Morsi,
considerando que o Egito se estava “a voltar para o Egito antigo”, numa alusão
aos faraós que governavam o país há dois mil anos.
As
relações entre o Cairo e Ancara têm vindo a deteriorar-se desde que o exército
derrubou Morsi, um aliado chave para a Turquia.
O
Egito acusou Ancara de “apoiar o terrorismo”, enquanto a Turquia classifica a
deposição de Morsi como um “golpe”.
A
Turquia, que tem sido uma voz crítica do regime do presidente sírio, Bashar
al-Assad, nega as acusações de que fecha os olhos à passagem de combatentes
estrangeiros para a Síria.
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