TURQUIA Jovens mortos na Turquia se preparavam para reconstruir cidade destruída pelo EI
TURQUIA
Jovens mortos na Turquia se preparavam para
reconstruir cidade destruída pelo EI
Autoridades
identificaram suspeito de ataque suicida que matou 32 ativistas; turcos
protestaram acusando o governo de não fazer o bastante para combater
extremistas.
Da
BBC
suspeito pelo atentado suicida que deixou 32 mortos e feriu quase 100.
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Os
32 jovens ativistas que morreram em um ataque a bomba na Turquia na última
segunda-feira eram estudantes que planejavam ir à Síria para ajudar na
reconstrução da cidade de Kobane, destruída pelo grupo extremista
autodenominado Estado Islâmico.
Os
ativistas, estudantes universitários em sua maioria, faziam uma entrevista
coletiva no Centro Cultural Amara, na cidade de Suruc, na Turquia, perto da
fronteira com a Síria.
saiba
mais
O
ataque ocorreu na
tarde de segunda-feira, matando 32 pessoas e ferindo mais de cem.
Imagens
publicadas em redes sociais mostraram o grupo de jovens, membros da organização
Federação das Associações da Juventude Socialista, relaxando durante um café da
manhã poucas horas antes da explosão.
O
funeral de algumas das vítimas já ocorreu, mas muitos familiares ainda estão
aguardando notícias.
Segundo
Hatice Kamer, repórter da BBC no local do ataque, famílias foram procurar
filhos e filhas no hospital de Suruc. Emre Genc, que sobreviveu ao atentado,
contou que fazia fotos durante a reunião dos jovens e fugiu quando a explosão
ocorreu.
Ele
afirmou que o grupo de jovens estava muito alegre e, de um segundo para outro,
ocorreu a explosão e tudo o que ele conseguia ver eram pedaços de corpos
espalhados pelo chão.
Um suspeito já
foi identificado como o suicida responsável pelo ataque, segundo o
primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, que deve fazer uma visita a Suruc.
Inicialmente
foi divulgado que o responsável seria uma mulher, mas depois a imprensa turca
passou a identificar um homem como o possível autor do atentado.
Davutoglu
afirmou que está sendo investigado o envolvimento do suspeito do ataque com
grupos locais e internacionais.
Segundo
o primeiro-ministro turco, há uma "grande probabilidade" de que o
Estado Islâmico seja o responsável pelo atentado.
Até
o momento, no entanto, nenhum posicionamento de militantes do Estado Islâmico a
respeito do atentado foi divulgado.
Segurança
e protestos
O
governo da Turquia agora prometeu aumentar segurança na fronteira com a Síria.
"Será
feito o que for necessário contra quem quer que seja responsável. Este é um
ataque que atingiu a Turquia", afirmou Davutoglu.
O
primeiro-ministro rejeitou acusações de que o partido do governo, o AKP, não
tenha feito o bastante para combater os militantes do grupo e acrescentou que o
governo "nunca tolerou nenhum grupo terrorista".
Uma
reunião do gabinete de governo, marcada para a quarta-feira, vai examinar a implantação
de mais medidas de segurança na fronteira entre Turquia e Síria.
Suruc
é o lar para muitos refugiados que escaparam dos combates entre militantes do
Estado Islâmico e combatentes curdos em Kobane.
A
cidade de Kobane foi recapturada pelas forças curdas no começo do ano.
Ocorreram
vários confrontos violentos em toda a Turquia durante a noite de segunda-feira.
Manifestantes tomaram as ruas do país acusando o governo de não fazer o
bastante para combater o grupo Estado Islâmico.
Países
ocidentais também acusaram a Turquia de não tomar medidas para evitar o
crescimento do grupo. Apenas nas últimas semanas o governo turco parece ter
tomado atitudes mais duras contra os extremistas.
Segundo
o correspondente da BBC para o Oriente Médio Jim Muir, as autoridades agora
devem atingir militantes que estão dentro da Turquia em resposta ao ataque
contra Suruc, o que deve levar a mais atentados em retaliação às ações do
governo turco.
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