MEDITERRANEO. Mediterrâneo: apenas 5000 refugiados vão poder ficar na Europa
MEDITERRÂNEO
Mediterrâneo: apenas 5000 refugiados vão poder ficar na
Europa
Os líderes da União Europeia reúnem-se, esta
quinta-feira, em Bruxelas, numa cimeira extraordinária que tem como objetivo
«prevenir que mais pessoas morram no mar» Mediterrâneo
A
União Europeia vai garantir, apenas, 5000 autorizações de residência (asilo)
como resposta à crise humanitária no Mediterrâneo, avançou esta quinta-feira o
britânico «The Guardian», que teve acesso a um documento confidencial.
Os líderes da União Europeia reúnem-se, esta quinta-feira, em Bruxelas, numa cimeira extraordinária que tem como objetivo «prevenir que mais pessoas morram no mar» Mediterrâneo, onde ainda no passado fim-de-semana várias centenas de imigrantes perderam a vida num naufrágio.
A
UE compromete-se, também, a aumentar a ajuda prestada aos países mais
escolhidos pelos imigrantes – Itália, Malta e Grécia. Equipas de emergência vão
ser enviadas para a Itália para registar e processar os pedidos de asilo.
O
documento indica que a maioria dos 150 mil migrantes, que durante o ano passado
conseguiram chegar à Europa, serão enviados de volta para os países de origem,
através de um novo programa de intervenção rápida coordenado pela agência de
fronteiras da UE, Frontex.
O
«rascunho» do comunicado conjunto confirma que os ministros dos Negócios
Estageiros e do Interior da UE têm intenções de dobrar o orçamento das
Operações Triton e Poseidon em 2015 e 2016, porém a Frontex não quer que estas
operações se transformem em buscas e salvamentos.
Os
líderes europeus descrevem a crise humanitária como uma tragédia e admitem
mobilizar esforços para prevenir novas mortes no mar, incluindo cooperar com os
países de origem dos migrantes. As primeiras medidas serão indentificar,
capturar e destruir barcos utilizados por traficantes.
A
União Europeia promete levar estes traficantes à justiça, tomar as suas
propriedades e remover qualquer propaganda online que esteja a aliciar
migrantes e refugiados.
«A
nossa prioridade é prevenir que mais pessoas morram no mar. Decidimos reforçar
a nossa presença no [Mediterrâneo], para combater os traficantes, prevenir a
imigração ilegal e reforçar a solidariedade interna», diz o comunicado, antes
de assegurar que a UE vai apoiar todos os esforço para restaurar um governo na
Líbia e ajudar a dar resposta à situação na Síria.
O
responsável pela Frontex, Fabrice Leggeri, já disse, no entanto, que salvar as
vidas dos imigrantes não deve ser a prioridade das operações Triton e Poseidon,
e desvaloriza as intenções da EU em atacar os traficantes diretamente.
«Triton não pode ser uma operação de buscas e salvamento.
No nosso plano de operações não podemos ter provisões para uma ação pró-ativa
de buscas e salvamento. Este não é o trabalho da Frontex, nem é , na minha
opinião, obrigação da União Europeia», disse Leggeri ao The Guardian.
O
líder da Frontex sugere que se usem aviões para patrulhar os mares e, assim,
antecipar os desastres.
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