VATICANO SALESIANOS Papa recorda «herança espiritual e pastoral» de São João Bosco

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SALESIANOS   Papa recorda «herança espiritual e pastoral» de São João Bosco
 16 de Julho de 2015, às 16:54
Francisco incentiva Família Salesiana aos desafios educacionais
 que hoje têm uma «dimensão global

Cidade do Vaticano, 16 jul 2015 (Ecclesia) 

O Papa Francisco enviou uma mensagem aos Salesianos onde evoca os aspetos “essenciais da herança espiritual e pastoral” do seu fundador, São João Bosco, pelos 200 anos do nascimento do educador italiano.
“Dom Bosco viveu uma grande paixão pela salvação da juventude, manifestando-se testemunha crível de Jesus Cristo e anunciador genial do seu Evangelho, em comunhão profunda com a Igreja, especialmente com o Papa. Ofereceu um método de educação que é ao mesmo tempo uma espiritualidade”, escreveu o Papa na carta endereçada ao reitor-mor dos Salesianos, o padre Ángel Fernández Artime.
Francisco destacou que a memória de Dom Bosco é viva na Igreja como “santo educador e pastor dos jovens” e por ser o fundador de institutos religiosos, masculinos e femininos, e associação de leigos.
A Itália, a Europa e o mundo em dois séculos “mudaram muito” mas a “alma dos jovens não” uma vez que hoje ainda estão “abertos à vida e ao encontro com Deus” e com os outros mas existem muitos que “correm o risco do desencorajamento, da anemia espiritual, da marginalização”.
Os desafios de Turim, cidade onde nasceu São João Bosco a 16 de agosto de 1815, hoje têm uma “dimensão global” e Francisco exemplifica alguns: “A idolatria do dinheiro; a iniquidade que gera violência; a colonização ideológica e os desafios culturais ligados aos contextos urbanos”.
O santo italiano ensinou a assumir o comando para “oferecer aos jovens uma experiência educativa integral” baseada na dimensão religiosa e que “envolva a mente, os afetos, a pessoa inteira”, “criada e amada por Deus”.
À Família Salesiana assinalou que são chamados a fazer “florescer a criatividade carismática” dentro e fora das suas instituições educativas e a “não frustrar as aspirações profundas dos jovens”.
“A necessidade de vida, abertura, alegria, liberdade, futuro; o desejo de colaborar na construção de um mundo mais justo e fraterno, no desenvolvimento para todos os povos, na tutela da natureza e dos ambientes de vida”, enumerou.
Desta forma, indicou “duas tarefas” sobre a realidade juvenil: “Educar segundo a antropologia cristã à linguagem dos novos meios de comunicação e das redes sociais; e promover formas de voluntariado social”.
“Trabalhando pela educação moral, cívica, cultural dos jovens, Dom Bosco agiu pelo bem das pessoas e da sociedade civil, segundo um projeto de homem que une alegria – estudo – oração ou ainda trabalho – religião – virtude”, recordou de um serviço preventivo e inclusivo direcionado “especialmente” para os jovens das camadas mais pobres e “faixas à margem da sociedade”.
O Papa diferencia que o aspeto característico da pedagogia de Dom Bosco é a «amorevolezza», entendida como o “amor manifestado e compreendido”, que permitiu a “muitas” crianças e adolescentes nos ambientes salesianos “experimentaram uma intensa e sadia afetividade” que foi “muito preciosa” para a formação da personalidade e o caminho da vida.
Foram, continua Francisco, as opções de vida que motivaram a santo de Turim a tomar “decisões corajosas” como a opção por “jovens pobres” com a intenção de “realizar um vasto movimento de pobres para os pobres” alargando-o para além das fronteiras da língua, raça, cultura e religião.
“Ainda hoje, a Família Salesiana abre-se a novas fronteiras educativas e missionárias, percorrendo os caminhos dos novos meios de comunicação social e os da educação intercultural junto a povos de religiões diversas”, reconheceu.

CB

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