TURQUIA Turquia autoriza intervenção militar contra jihadistas na Síria e no Iraque
TURQUIA
Turquia autoriza intervenção militar contra jihadistas
na Síria e no Iraque
O Parlamento turco aprovou
hoje por ampla maioria uma moção do governo islâmico-conservador de Ancara que
autoriza o exército a conduzir operações contra os 'jihadistas' da organização
Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.
CONFLITO20:06 - 02/10/14POR LUSA |
Depois de ter recusado, de
forma explícita, uma participação nas operações militares internacionais, a
Turquia fez saber nos últimos dias que estaria disposta a entrar na coligação
internacional militar, liderada pelos Estados Unidos, contra o EI.
PUB
O projeto de resolução do
governo, que dispõe de maioria absoluta no Parlamento, obteve a aprovação de
298 deputados, contra a rejeição de 98 parlamentares.
De acordo com a Constituição
turca, o texto dá luz verde a uma eventual operação militar do exército turco
sobre os territórios da Síria e do Iraque e autoriza igualmente o
estacionamento em solo turco das tropas estrangeiras que participarem nessas
ações.
Após a votação no Parlamento,
o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, convocou uma reunião com os principais
responsáveis civis e militares do país para precisar os contornos do
envolvimento da Turquia na coligação internacional.
Na quarta-feira, o Presidente
turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a Turquia estava aberta à cooperação,
mas pressionou a coligação internacional a encontrar uma "solução
duradoura" para a crise na Síria e no Iraque.
"Estamos abertos a toda
a cooperação, mas todos devem saber que a Turquia não é um país que fique
satisfeito com soluções temporárias", referiu.
Os ataques aéreos da
coligação internacional contra posições dos 'jihadistas' do EI são "só uma
solução temporária que apenas adia a ameaça e o perigo", disse ainda
Erdogan no Parlamento turco.
A Turquia não se juntou
inicialmente à coligação militar internacional liderada pelos norte-americanos,
mas inverteu a sua posição depois da libertação, a 20 de setembro, de 46
cidadãos turcos sequestrados pelos 'jihadistas' no norte do Iraque.
A votação no Parlamento turco
ocorreu numa altura em que os 'jihaditas' do EI encontram-se às portas da
cidade síria de Ain al-Arab, perto da fronteira turca.
Comentários
Enviar um comentário