CÁRITAS/Rohingya Bangladesh: Presidente da Cáritas levou «a proximidade do Papa Francisco» aos refugiados rohingya
CÁRITAS/Rohingya
Dez 12, 2018 - 11:19
D. Luis Antonio Tagle visitou
região que acolhe um milhão de muçulmanos vítimas de perseguição em Mianmar
Foto Cáritas Internacional |
O presidente da Cáritas Internacional visitou os campos de
refugiados de Cox’s Bazar, no Bangladesh, um distrito que acolhe atualmente
mais de um milhão de muçulmanos rohingya, vítimas de perseguição no Estado de
Rakhine em Mianmar.
Numa mensagem vídeo
enviada hoje à Agência ECCLESIA, o cardeal Luis Antonio Tagle destaca um “povo
à espera de um futuro”, a quem deixou “a certeza da proximidade do Papa
Francisco a todos os que estão em sofrimento”.
A deslocação daquele
responsável católica a Cox’s Bazar marcou “a memória da visita do Papa ao
Bangladesh e a Mianmar”, que decorreu entre 26 de novembro e 02 de dezembro de
2017.
“Desde que estas
pessoas precisem de solidariedade, de amor e de compaixão, a Cáritas vai estar
sempre presente”, frisa D. Luis Antonio Tagle.
O cardeal filipino,
de 61 anos, procurou durante esta visita inteirar-se da situação das pessoas e
famílias refugiadas, encontrou-se com responsáveis do distrito de Cox’s Bazar e
também com os trabalhadores da Cáritas do Bangladesh, para acompanhar o
andamento dos projetos que estão em curso.
Aquele responsável
passou pelo campo de Kutupalong, o maior dos 30 centros de acolhimento para
refugiados existentes no distrito, esteve nos vários pontos de distribuição, em
espaços para crianças e viu várias das casas já construídas pela Cáritas do
Bangladesh, para estas pessoas mais carenciadas.
“A Cáritas
Bangladesh, uma Cáritas de pequena dimensão dentro da nossa confederação, da
nossa família, está a fazer um trabalho excelente. Mas isto não é possível sem
a colaboração de muitas outras organizações da Cáritas”, recorda D. Luis
Antonio Tagle, que destaca o autêntico “milagre” que está a acontecer na
região.
“Um milagre, que só o
amor, a compaixão, e o amor incondicional são capazes de concretizar”, diz o
cardeal de Manila.
O presidente da
Caritas Internacional lembra ainda que “o Advento é um tempo de espera, não por
uma coisa mas por alguém, Jesus, que chegou ao mundo pobre, que se tornou ele
próprio um refugiado, mas que nunca vai deixar de amar”.
“Espero que esta
mensagem vinda deste campo encoraje todos nós a nunca nos cansarmos de amar”,
exorta D. Luis Antonio Tagle.
Desde que a crise dos
refugiados rohingya se agudizou, em 2017, a Cáritas do Bangladesh já canalizou
mais de 8 milhões de dólares no apoio a estas pessoas, graças aos fundos
recolhidos pelos membros das várias Cáritas espalhadas pelo globo.
Entre os projetos que
estão a ser implementados, destaque para a ajuda prestada a mais de 40 mil
agregados familiares e 240 mil pessoas refugiadas, em termos de bens
essenciais, sobretudo alimentos, e também a aposta feita na construção de novas
habitações e centros de acolhimento.
JCP
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