SANTARÉM/natal Bispo afirma que «acolhimento» é condição para que «haja Natal»
SANTARÉM/natal
Bispo afirma que
«acolhimento» é condição para que «haja Natal»
Dez 17, 2018 - 16:04 Ecclesia
D. José Traquina divulgou a
Mensagem de Natal e escreveu também às crianças para falar do Natal a
partir de uma história contada a partir do diálogo entre a vaca e o burro do
Presépio
Foto: Diocese de Santarém (arquivo 2017) |
O bispo de Santarém afirmou que “a vida
humana pede acolhimento para se realizar” e disse que o Natal celebra a chegada
d’Aquele” que defendeu “a dignidade de cada pessoa”, também nas atuais
situações de escravatura e dos refugiados.
“Não faltam no mundo guerras, tensões e injustiças que têm como efeito, na
atualidade, a existência de dezenas de milhões de pessoas em situação de
escravatura e outras dezenas de milhões a viverem em campos de refugiados”,
alerta D. José Traquina.
O bispo de Santarém assinala que Jesus “deu a vida para defender a
dignidade de cada pessoa”, mas a Sua “Palavra” foi “desprezada” e, por isso,
“não faltam no mundo ‘reinos’ de mentira, injustiça, indiferença, ódio e
incapacidade de amar”.
Na sua mensagem para o Natal 2018, D. José Traquina destaca duas
“dificuldades” que existem nas pessoas para que não acolham: “’Não haver tempo’
e ser estreito ou fechado o ‘espaço’ do coração”.
“A nossa existência é marcada pelo acolhimento, pois na verdade se não nos
tivessem acolhido à nascença não teríamos subsistido. Porém, para que uma
pessoa tenha capacidade de acolher é necessário que, para isso, tenha tempo e
espaço, a começar no coração”, desenvolve.
O bispo escalabitano explica que o ‘acolhimento’ é uma “disposição
virtuosa, pensada e assumida” ou um “bom hábito” adquirido em família, uma
disposição cultural, um gosto de viver recebendo os outros.
“Existe o acolhimento como qualidade profissional, no atendimento público,
mas não menos importante é o acolhimento que caracteriza uma pessoa que assim
se manifesta dando lugar aos outros, escutando-os e considerando-os”, observa.
Em pleno Ano Missionário em Portugal, D. José Traquina realça que o
desafio de “tornar presente Deus no mundo”, começa pela capacidade de cada
pessoa acolhê-Lo.
Segundo o bispo diocesano, o Natal é uma oportunidade para “assumir um
ideal justo e positivo para a construção da vida e da sociedade”.
“O Natal pede o acolhimento d’Aquele que nos pode dar a paz, acolhimento
de uma outra proposta, uma nova luz, um outro olhar, uma nova contemplação, um
novo sonho, uma nova consideração pelos nossos semelhantes”, desenvolveu na mensagem à Diocese de Santarém.
D. José Traquina escreveu também uma mensagem para as crianças onde propõe
que acompanhem a vaca e o burro do Presépio, “embora não sejam as figuras
principais”, e simula um diálogo entre os dois animais.
«Burro – Ele é São José. Foi ele
que me comprou já lá vão nove meses e tem-me tratado muito bem. Sou um burro
feliz, fui parar a casa de um bom dono. Até dá gosto ajudar este homem. Fala
pouco, mas não me falta com nada, trata-me muito bem. Ela é a Virgem Maria,
está grávida com o Bebé quase a nascer e S. José estava muito preocupado porque
não conseguiu acolhimento na hospedaria.
Vaca – E o teu São José o que faz na vida?
Burro – É carpinteiro, tem uma oficina e faz trabalhos com muita
perfeição. E eu ajudo-o a transportar as madeiras para ele trabalhar e ajudo,
também, a transportar alguns móveis, não muito grandes. É um gosto trabalhar
com ele.
Vaca – A Virgem Maria é muito jovem e muito bonita. Quem é ela?»
“São figuras do presépio para
indicar que toda a natureza é beneficiada com o Nascimento de Jesus”, explica o
bispo de Santarém às crianças da diocese.
CB/PR
Comentários
Enviar um comentário