NATAL/urbi et orbi Papa deixa mensagem de «fraternidade» e atenção aos mais frágeis Dez 25, 2018 - 11:14 Ecclesia Francisco apela ao entendimento entre culturas e religiões, por um mundo de «irmãos» O Papa deixou hoje no Vaticano os seus votos natalícios à cidade de Roma e ao mundo, defendendo uma “fraternidade” universal que promova o entendimento entre culturas e religiões. “Com a sua encarnação, o Filho de Deus indica-nos que a salvação passa através do amor, da hospitalidade, do respeito por esta nossa pobre humanidade que todos compartilhamos numa grande variedade de etnias, línguas, culturas… mas todos irmãos em humanidade”, disse Francisco, desde a varanda central da Basílica de São Pedro. A tradicional intervenção de 25 de dezembro, que antecedeu a bênção solene ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo], foi transmitida em direto para dezenas de países, incluindo Portugal. O pontífice falou numa “mensagem universal” do Natal: “Deus é um Pai bom, e nós somos todos irmãos”. “Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo ficam sem fôlego, e mesmo os melhores projetos correm o risco de se tornar estruturas sem alma”, sustentou. As minhas boas-festas natalícias são votos de fraternidade. Fraternidade entre pessoas de todas as nações e culturas. Fraternidade entre pessoas de ideias diferentes, mas capazes de se respeitar e ouvir umas às outras. Fraternidade entre pessoas de distintas religiões. Jesus veio revelar o rosto de Deus a todos aqueles que o procuram”. O Papa quis sublinhar que as diferenças entre pessoas não devem ser vistas como um “perigo”, mas como uma “riqueza”, como acontece nas famílias, onde nem sempre todos estão de acordo, mas persiste “um laço indissolúvel que os une”. “O mesmo se passa com a família humana, mas, nesta, é Deus o «pai», o fundamento e a força da nossa fraternidade”, acrescentou. Francisco rezou por “todas as crianças da terra e todas as pessoas frágeis, indefesas e descartadas”. “Que possamos todos nós receber paz e conforto do nascimento do Salvador e, sentindo-nos amados pelo único Pai celeste, reencontrarmo-nos e vivermos como irmãos”, desejou. Milhares de pessoas marcaram presença na Praça de São Pedro, em volta do presépio de areia e da árvore de Natal com 25 metros de altura. Após a recitação da oração do ângelus, o Papa renovou os seus votos de “bom e santo Natal” a todos os peregrinos presentes na Praça de São Pedro e às pessoas ligadas através dos meios de comunicação social. “Neste dia, contemplamos o amor de Deus que apareceu no mundo através de Jesus. Que este amor favoreça o espírito de colaboração pelo bem comum, reavive a vontade de ser solidários e dê a todos a esperança que vem de Deus”, declarou. “Bom e Santo Natal”, concluiu Francisco, perante os aplausos da multidão. OC

NATAL/urbi et orbi

Papa deixa mensagem de «fraternidade» e atenção aos mais frágeis

Francisco apela ao entendimento entre culturas e religiões, por um mundo de «irmãos»

O Papa deixou hoje no Vaticano os seus votos natalícios à cidade de Roma e ao mundo, defendendo uma “fraternidade” universal que promova o entendimento entre culturas e religiões.


“Com a sua encarnação, o Filho de Deus indica-nos que a salvação passa através do amor, da hospitalidade, do respeito por esta nossa pobre humanidade que todos compartilhamos numa grande variedade de etnias, línguas, culturas… mas todos irmãos em humanidade”, disse Francisco, desde a varanda central da Basílica de São Pedro.
A tradicional intervenção de 25 de dezembro, que antecedeu a bênção solene ‘urbi et orbi’ [à cidade (de Roma) e ao mundo], foi transmitida em direto para dezenas de países, incluindo Portugal.
O pontífice falou numa “mensagem universal” do Natal: “Deus é um Pai bom, e nós somos todos irmãos”.
“Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo ficam sem fôlego, e mesmo os melhores projetos correm o risco de se tornar estruturas sem alma”, sustentou.
As minhas boas-festas natalícias são votos de fraternidade. Fraternidade entre pessoas de todas as nações e culturas. Fraternidade entre pessoas de ideias diferentes, mas capazes de se respeitar e ouvir umas às outras. Fraternidade entre pessoas de distintas religiões. Jesus veio revelar o rosto de Deus a todos aqueles que o procuram”.
O Papa quis sublinhar que as diferenças entre pessoas não devem ser vistas como um “perigo”, mas como uma “riqueza”, como acontece nas famílias, onde nem sempre todos estão de acordo, mas persiste “um laço indissolúvel que os une”.
“O mesmo se passa com a família humana, mas, nesta, é Deus o «pai», o fundamento e a força da nossa fraternidade”, acrescentou.
Francisco rezou por “todas as crianças da terra e todas as pessoas frágeis, indefesas e descartadas”.
“Que possamos todos nós receber paz e conforto do nascimento do Salvador e, sentindo-nos amados pelo único Pai celeste, reencontrarmo-nos e vivermos como irmãos”, desejou.
Milhares de pessoas marcaram presença na Praça de São Pedro, em volta do presépio de areia e da árvore de Natal com 25 metros de altura.
Após a recitação da oração do ângelus, o Papa renovou os seus votos de “bom e santo Natal” a todos os peregrinos presentes na Praça de São Pedro e às pessoas ligadas através dos meios de comunicação social.
“Neste dia, contemplamos o amor de Deus que apareceu no mundo através de Jesus. Que este amor favoreça o espírito de colaboração pelo bem comum, reavive a vontade de ser solidários e dê a todos a esperança que vem de Deus”, declarou.
“Bom e Santo Natal”, concluiu Francisco, perante os aplausos da multidão.
OC

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