VILA VIÇOSA Caminho para o Natal é tempo de «esperança» e «humanização»
VILA VIÇOSA
Caminho
para o Natal é tempo de «esperança» e «humanização»
Dez 8, 2018 - 11:14
Solenidade da Imaculada Conceição celebrada com familiares das vítimas de
Borba e com Marcelo Rebelo de Sousa
O arcebispo de Évora lembrou hoje os
sofrimentos dos familiares das pessoas que perderam a vida na derrocada da
pedreira em Borba, manifestando solidariedade e união “ao luto de famílias,
comunidades e amigos”.
“No maior respeito e espírito de tolerância e liberdade de consciência e
religiosa, do Solar da Padroeira de Portugal, abraçamos todos os portugueses,
sobretudo, os doentes, os que sofrem privações, solidão ou abandono”, afirmou
D. Senra Coelho, numa saudação dirigida ao Presidente da República, Marcelo
Rebelo de Sousa, presente na celebração da solenidade da Imaculada Conceição,
esta manhã no Santuário de Vila Viçosa.
No dia da sua padroeira, Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Católica
local presta uma homenagem às vítimas da tragédia ocorrida na Estrada Municipal
255, entre Borba e Vila Viçosa, no dia 19 de novembro, em que a derrocada de
parte da via para dentro de uma pedreira provocou a morte a cinco pessoas.
“Sentimos com particular ênfase os recentes sofrimentos de várias famílias
e comunidades atingidas. Rezamos pelos defuntos e unimo-nos ao luto de suas
famílias e amigos”, manifestou o arcebispo de Évora
Contextualizando no tempo que os cristãos vivem, rumo ao Natal, D. Senra
Coelho fez um convite à “esperança” e à “vigilância”, e desafiou a fazer de
cada encontro um momento de “humanização”.
“Advento é convite incessante para a preparação para o encontro com o
Senhor, fazendo de cada celebração litúrgica um encontro com o Ele; de cada
encontro humano, uma oportunidade de crescimento e amadurecimento na
humanização; de cada cruz da vida, uma esperança pascal, até que o Senhor venha
definitivamente às nossas vidas e, finalmente, ao encontro de toda a
Humanidade”.
Na solenidade da Imaculada Conceição, o arcebispo de Évora lembrou Maria
como “referência maior e o auxílio supremo”, e “modelo” de vivência eclesial.
“Maria pertence à Igreja, verdade que nem sempre parece ser valorizada”,
lamentou.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de
1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, a qual declara a santidade da Virgem
Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do
pecado original.
A ligação entre Portugal e a Imaculada Conceição ganhara destaque em 1385,
quando as tropas comandadas por D. Nuno Alvares Pereira derrotaram o exército
castelhano e os seus aliados, na batalha de Aljubarrota.
Em honra a esta vitória, o Santo Condestável fundou a igreja de Nossa
Senhora do Castelo, em Vila Viçosa, e fez consagrar aquele templo a Nossa
Senhora da Conceição.
D. Senra Coelho lembrou ainda a ligação às comunidades lusófonas “desde
Macau, Goa, Damão e Diu, do Forte de Moçambique, no atual Maputo, Luanda, Guiné
Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde até à Senhora da Conceição da
Aparecida, no Brasil” onde “navegantes e missionários” levaram Nossa Senhora da
Conceição. JCP/OC/LS|Ecclesia
Comentários
Enviar um comentário