Neocatecumenato

Entrevista a Kiko Arguello, fundador do movimento, logo após a audiência com o Papa
Por Salvatore Cernuzio
ROMA, sexta-feira, 20 janeiro, 2012 (ZENIT.org) – Nos acolhe com a sua típica maneira entusiasta e carismática, Kiko Arguello, fundador do Caminho Neocatecumenal, num hotel a poucos metros de São Pedro, num clima tão agradável que parece tudo, menos uma uma entrevista, parece um simples bate-papo.
Com a alegria ainda nos olhos e no coração pelo encontro com o Santo Padre na Sala Paulo VI, Kiko concede à ZENIT uma outra breve entrevista para dar graças a Deus pela maravilhosa história que está fazendo com este caminho de iniciação cristã e comentar o evento de hoje.

Kiko, começamos com uma simples pergunta: como foi a reunião desta manhã?
Kiko: Fantástica! Foi realmente maravilhoso o facto de terem sido confirmadas as celebrações que marcam todas as etapas da gestação cristã que o Caminho construiu.
 Esperamos este momento e, finalmente, a Igreja confirmou o Caminho Neocatecumenal como iniciação cristã, na sua doutrina, nas liturgias e nas etapas. É importantíssimo, acima de tudo, o facto de que o Papa reiterou que as comunidades possam celebrar as missas dominicais por comunidade.
É um fato sociológico de imensa importância que quer dizer que a pequena comunidade é a salvação para a Nova Evangelização. A Eucaristia, na verdade, cria e forma a comunidade cristã, a solidifica, a une.

E no que diz respeito à missão ad gentes?
Kiko: A missão ad gentes é também uma pequena comunidade no meio de pessoas completamente pagãs ou distantes da Igreja. O que nós vemos é que essas pessoas são atraídas por "pequenas comunidades" representadas pelas famílias em missão, são surpreendidas pelo amor que elas mostram aos outros e entre si. Se deixam catequizar nas suas casas e se tornam, depois, elas mesmas uma pequena comunidade.

Qual é a novidade de tudo isso para a Igreja?
Kiko: Podemos dizer que estamos começando uma nova página na história: a Nova Evangelização, no meio de uma crise epocal que afecta toda a sociedade, que se chama secularização. Muita gente, não sabemos o motivo, "assedia" as Igrejas; em alguns países, principalmente europeus, chegando até mesmo a vendê-las ou a fechá-las.
 Por isso, estou feliz e surpreso quando, com estas missões ad gentes, de facto, há pessoas que dizem "obrigado, porque senão eu nunca teria entrado numa Igreja" ou também agradecem pelo "amor e a aceitação" que respiram nas casas destes irmãos que os hospedam.
 De facto, são muitas as pessoas que vêm para a catequese, não querem mais ir embora: são as onze horas da noite e ainda não voltam para casa. Isso acontece também porque as pessoas, na nossa sociedade, se sentem muito solitárias

Já faz 40 anos que o Caminho Neocatecumenal continua a dar frutos, basta pensar no grande número de chamados vocacionais. O que acha você desses dons que o Senhor deu ao Caminho e à Igreja sobretudo?
Kiko: O que pensar: que o Senhor é muito bom para nós. Agradeço realmente a Deus, porque, apesar de que tivemos e temos muitas dificuldades e sofrimentos, nunca nos abandonou, mas sempre apoiou e sustentou. O encontro de hoje é um testemunho.

Para qual direção o Caminho está se dirigindo?
Kiko: Para o início de uma Nova Evangelização em todo o mundo.
Estamos olhando para novos horizontes, por exemplo, também a Igreja Ortodoxa ultimamente tem mostrado interesse no nosso caminho de fé.
Acima de tudo, eu acredito, temos que nos preparar para a China, o Vietname, toda a Ásia no geral e temos várias famílias prontas para sair em missão para o Oriente do mundo.

Além do mais nasceram já cinco novos seminários para preparar os jovens para partir para a China?
Kiko: Exactamente! Nós perguntamos a 20 mil jovens que se sentissem chamados a tornar-se padres e evangelizar na China, e 5.000 se prontificaram.
Agora esses rapazes serão avaliados, preparados, devemos ver quem terminará os estudos e assim por diante.

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