SALMO 63 Pedido de ajuda contra os inimigos

SALMO  63
Pedido de ajuda contra os inimigos.

Este salmo põe na boca dos que o rezam as palavras do justo perseguido e o seu pedido de ajuda contra os inimigos. Esse justo é Jesus Cristo e cada homem que sofre da parte dos que o odeiam.. Este salmo é rezado na Hora Intermédia de sábado da segunda semana. É esta a hora do dia mais próxima daquela em que o Senhor sofreu a Paixão, e a Liturgia educa a fé dos crentes no sentido de verem em Cristo crucificado o homem segundo o coração de Deus, que recorre ao Pai e põe n’Ele toda a sua confiança.
Deus parece deixar agir impunemente aqueles que continuam ainda hoje a crucificar inocentes. Mas nós sabemos que Ele vê no fundo dos corações e dará a cada um segundo as sua obras.

O autor do salmo invoca o auxílio de Deus contra os inimigos que só sabem fazer o mal, mentir, odiar o inocente e armar ciladas, convencidos de que ninguém os vê. (2-7)
Mas Deus sabe bem o que nos dá e o que nos tira (Sto Agostinho).

Ouvi, ó Deus, a minha voz na aflição/, do temor dos inimigos defendei a minha vida.
Livrai-me da caterva dos malfeitores, /
Do bando dos que praticam a iniquidade.

Afiaram a língua como espada, / desferiram como setas palavras de ódio,
Atirando à traição sobre o inocente, / ferindo de improviso, sem nada recear.

Obstinam-se no mal, combinam armar ciladas, / e perguntam: «Quem nos verá?»
Maquinam iniquidades, ocultam planos bem pensados, / o íntimo do seu coração é insondável.

Deus, porém, atingiu-os com suas setas, / são feridos de improviso,
E a sua língua foi a causa da ruína, /
Quem os vê meneia a cabeça.

Todos tiveram medo e proclamaram a obra de Deus / e reconheceram o que Ele fez.
Alegre-se o justo no Senhor e n’Ele se refugie / e congratulem-se os homens rectos de coração.

SALTÉRIO LITÚRGICO, Secretariado Nacional de Liturgia, Gráfica de Coimbra, p.179-180

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