COLÔMBIA 117 líderes sociais assassinados em 2016
COLÔMBIA
117 líderes
sociais assassinados em 2016
27 de Janeiro de 2017
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Foram 117 líderes sociais assassinados na Colômbia em 2016, revela um relatório do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz). Uma média de um aCtivista ou defensor dos direitos humanos morto a cada três dias. |
Além dos homicídios, foram
também registadas 350 ameças de morte, 46 atentados e cinco casos de defensores
desaparecidos.
O documento destaca que mais da
metade dos casos (57) aconteceram no sudoeste da Colômbia, mais precisamente
nas regiões de Cauca (43), Nariño (9) e Valle (5).
Para além dos números, o
documento chama a atenção para a importância de analisar os eventos como um
todo e não como factos desconectados um do outro: "situações de ameaças,
assassinatos e diferentes modos de ataque às comunidades fazem tudo parte da
mesma violência", diz Leonardo Gonzalez, coordenador da unidade de
pesquisa Indepaz.
Gonzalez revela que uma das
preocupações é que os líderes assassinatos têm estado envolvidos na primeira
fase de implementação dos acordos de paz.
O relatório também adverte
sobre "padrões comuns de ameaça" em 15 regiões da Colômbia: todos
foram por meio de panfletos, “que indicam os nomes das pessoas pertencentes a
organizações, líderes que são acusados de guerrilha, marcados e condenados à
morte ou forçados a deixar a região”.
Gonzalez afirma que "há
uma realidade dramática que tem de ser abordada" e, portanto, é necessária
uma vontade de mudança representativa por parte da sociedade colombiana.
O Indepaz pede medidas eficazes
para “proteger o direito à vida”, pois atualmente mais de 30 organizações são
sistematicamente perseguidas.
“É um alerta para que o estado
reconheça o fenómeno paramilitar existente e para garantir a vida dos líderes e
defensores dos direitos humanos”, lê-se no relatório.
As estatísticas dos últimos
três anos mostram um aumento no número de líderes assassinados na Colômbia: em
2014, 78 assassinatos; em 2015, o número de líderes assassinados foi de 105; e
em 2016, foram 117.
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