CRISTÃOS e ISLÃO Islão é a religião que mais cresce, mas cristãos vão continuar em maioria até 2070 por P.J.
PAQUISTÃO
CRISTÃOS e ISLÃO Islão
é a religião que mais cresce, mas cristãos vão continuar em maioria até 2070
por P.J.05 abril 2015
Cristãos celebram a Páscoa no PaquistãoFotografia © EPA/RAHAT DA |
Com uma população mais jovem e uma taxa de fertilidade
superior, o número de fiéis do Islão vai crescer muito mais rapidamente do que
o de cristãos.
Os cristãos vão continuar a ser o maior grupo religioso
do mundo até 2050, mas em meados do século o número de muçulmanos vai ser
praticamente igual e a tendência é para os segundos superarem os primeiros por
volta de 2070. A previsão é de um estudo do Pew Research Center, um think tank de Washington, nos EUA. Em 2050 um em
cada 10 europeus será muçulmano.
O centro norte-americano estima que existam 2,2 mil milhões de
cristãos no mundo, quase um terço da população mundial. Os muçulmanos aparecem
em segundo lugar, com 1,6 mil milhões. Mas com uma população mais jovem e uma
taxa de fertilidade superior, a população muçulmana vai crescer muito mais
rapidamente, 73% contra 35%.
O relatório publicado esta semana baseou-se nas atuais populações e
distribuição geográfica de cada religião, combinadas com projeções
demográficas, para traçar o futuro das cinco principais religiões mundiais. E
conclui que todas crescem, menos o budismo - que vai ter mais ou menos o mesmo
número de crentes em 2050.
Odocumento indica que se as tendências descritas se
mantiverem depois de 2050 a população de religião muçulmana vai ultrapassar a
de religião cristã em 2070, possivelmente pela primeira vez na história,
assinala, lembrando que a religião cristã surgiu seis séculos antes, o que
ajuda a explica a "vantagem" - há historiadores que defendem que
durante a Idade Média e durante a peste negra a população cristã diminuiu e era
menos do que a muçulmana.
Ainda assim, as duas grandes religiões mundiais vão ficar
praticamente empatadas em número de crentes até 2100.
Os números globais escondem diferenças regionais muito
significativas. Na Europa, onde atualmente 75% se identificam como cristãos,
18% sem religião e 6% como muçulmanos, o número de fiéis do Islão vai aumentar
e em 2050 será de 10% da população. Dois em cada dez não terão qualquer
religião.
Nos Estados Unidos os cristãos vão perder peso: passam de
mais de três quartos para dois terços da população do país. Os muçulmanos, por
outro lado, vão ganhar e ultrapassar os judeus (pessoas que se identificam
religiosamente como judias).
A Índia vai ultrapassar a Indonésia e transformar-se no
país com a melhor população muçulmana do mundo, mas ao mesmo tempo vai
continuar a ser maioritariamente hindu.
O número de ateus e agnósticos vai crescer no mundo
ocidental, mas vai perder peso na população mundial.
As projeções do Pew Research Center tentaram incorporar a
possibilidade de haver conversões, sendo que este fator pode influenciar
sobretudo o número de cristãos, que perdem mais do que as outras religiões
nestas contas.
O centro norte-americano lembra ainda que muitos
acontecimentos - "descobertas científicas, guerras, movimentos sociais e
políticos, desastres naturais e mudanças nas condições económicas", -
podem ter grande impacto. Basta lembrar o impacto que as mudanças na condição
feminina têm nas taxas de fertilidade, por exemplo.
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