VATICANO Vinte e seis missionários da Igreja Católica assassinados em 2014
VATICANO
Vinte e seis missionários da Igreja Católica assassinados em 2014
O jesuíta holandês, padre Van der Lugt, morto por islamitas na Síria. Foto: DR |
Este ano, 17
padres, um religioso, seis religiosas, um seminarista e um leigo foram mortos
no decurso do seu trabalho missionário.
30-12-2014 19:26
por Ana Lisboa
Durante o ano de 2014 pelo menos
26 agentes pastorais da Igreja Católica foram mortos, segundo a Fides, agência
noticiosa do Vaticano. O número é superior ao de 2013, com 23 mortes, e ao de
2012, com 13 assassinatos.
Pelo sexto ano
consecutivo, a América Latina é o continente onde se registaram mais crimes.
Segue-se África que registou sete mortes, a Ásia e a Oceânia com duas mortes
cada e um na Europa.
A maioria das
mortes aconteceu após violentas "tentativas de assaltos".
A Fides manifesta ainda a sua preocupação com a situação de "muitos outros operadores pastorais sequestrados ou desaparecidos", como três sacerdotes raptados na República Democrática do Congo, em Outubro de 2012, ou o jesuíta italiano Paolo Dall’Oglio, na Síria (2013), e o padre Alexis Prem Kumar, raptado a 2 de Junho, no Afeganistão.
A Fides manifesta ainda a sua preocupação com a situação de "muitos outros operadores pastorais sequestrados ou desaparecidos", como três sacerdotes raptados na República Democrática do Congo, em Outubro de 2012, ou o jesuíta italiano Paolo Dall’Oglio, na Síria (2013), e o padre Alexis Prem Kumar, raptado a 2 de Junho, no Afeganistão.
O último caso
relatado é o do padre Gregorio López Gorostieta, sequestrado no México por uma
organização criminosa, a 21 de Dezembro. O seu corpo foi encontrado sem vida no
dia de Natal, em Tlapehuala.
O Papa Francisco
enviou uma mensagem ao bispo local e aos familiares do sacerdote, manifestando
a sua "firme condenação de tudo o que atenta contra a vida e a dignidade
das pessoas".
Para além dos que
foram assassinados, há ainda uma série de agentes pastorais missionários que
perderam a vida por doença, no decurso do seu trabalho. É o caso de vários
religiosos e leigos ao serviço de organizações católicas nos países afectados
pelo vírus do ébola.
As 26 vítimas .
O México foi
novamente dos países mais perigosos para religiosos. Lá perderam a vida o padre
Rolando Martinez Lara, morto no decurso de um assalto; o seminarista Samuel
Gustavo Gómez Veleta, raptado e assassinado; o padre José Acuña Asención
Osorio, cujo corpo foi encontrado num rio; o padre John Ssenyondo, encontrado
numa vala comum juntamente com outros cadáveres; e o padre Gregorio Lopez
Grosotieta, raptado e assassinado.
Na Venezuela foram assassinados os salesianos padre Jesus Erasmus Plaza Salessi
e o irmão Luis Edilberto Sanchez Morantes, por jovens que assaltaram o colégio,
e o padre Reinaldo Alfonso Herrera Lures.
Nos Estados
Unidos morreram os padres Eric Freed e Kenneth Walker, ambos assassinados em
circunstâncias que indiciam assaltos violentos.
O mesmo se aplica
ao padre Gilbert Dasna, morto no Canadá.
Um sacerdote, Andrés Duque Echeverry, foi assassinado na Colômbia. O padre Juan
Francisco Blandon Meza, foi morto por um homem desequilibrado, na Nicarágua e
no Perú o padre Alfonso Comina Zevallos, foi assassinado na sua casa paroquial. Três missionários, as irmãs Lucia
Pulici, Olga Raschietti e Bernadetta Bogian morreram no Burundi.
Na República
Centroafricana, palco de violentos confrontos interreligiosos este ano, o padre
Christ Forman Wilibona foi assassinado numa barricada montada por rebeldes
muçulmanos e Paul-Emile Nzale morreu, juntamente com outras pessoas, num ataque
à sua paróquia.
A irmã Mary Paule
Tacke, foi raptada e assassinada na África do Sul e outra freira, Clecensia
Kapuli, morreu no decurso de um assalto, na Tanzânia.
Apesar de toda a
violência e perseguição aos cristãos que se tem verificado no Médio Oriente, o
único caso confirmado de um agente pastoral da igreja assassinado teve lugar na
Síria e envolveu o jesuíta Frans van der Lugt, raptado por homens armados e
assassinado.
Na Malásia a irmã
Juliana Lim morreu depois de ter sido violentamente agredida.
Duas pessoas
morreram na Papua Nova Guiné. O padre Gerry Maria Inau e o leigo e ministro
extraordinário da comunhão identificado apenas como Benedict morreram durante
uma visita pastoral, ao que tudo indica vítimas de violência tribal.
Por fim, apenas
uma pessoa morreu na Europa. O padre Lazzaro Longobardi sucumbiu a violentas
agressões nos arredores da sua residência paroquial
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