QUENIA Ataque de muçulmanos radicais no Quênia mata 147 alunos
QUENIA
Ataque de muçulmanos radicais no Quênia mata 147 alunos
03/04/2015 O POVOonline
A milícia Shebab tem um histórico sangrento de ataques ao Quênia, alegando que esse país está em guerra com a Somália. No ano passado, foram 200 quenianos mortos. A universidade fica a 150 km da fronteira somal
Um
comando da milícia Shebab, muçulmana radical, da Somália, atacou uma residência
universitária no Quênia, deixando 147 estudantes mortos e que levou a uma
tomada de reféns sequestrando-os por horas, terminando com a morte de quatro
sequestradores. “Há 147 vítimas fatais confirmadas no ataque de Garissa”,
declarou a universidade na cidade do Sudeste do País, num comunicado. A nota
indicou que a tomada de reféns e o confronto entre os insurgentes e as forças
de segurança terminara.
O
ataque foi realizado por homens mascarados que lançaram granadas e dispararam
contra os estudantes. Garissa está situada a 150 quilômetros da fronteira com a
Somália. Dezenas de pessoas ficaram feridas no ataque, que desencadeou uma
feroz tomada dos sequestrados na residência universitária.
O
Governo norte-americano deplorou o ataque, segundo um comunicado lido em
Washington por Josh Earnest, porta-voz do presidente Barack Obama. O
secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, também
condenou a acção.
Os
criminosos entraram às 5h30min locais de ontem (23h30min de quarta-feira em
Brasília) no campus da Universidade de Garissa, onde estudam centenas de
jovens. Uma vez dentro do centro universitário, atiraram de maneira
indiscriminada e depois entraram em vários edifícios. A Cruz Vermelha informou
sobre 30 feridos internados em hospital, quatro deles em estado crítico, que
foram levados de avião a Nairóbi, a 350 quilômetros de distância.
A
universidade se localiza perto da porosa fronteira com a Somália, um país
devastado pela guerra civil. Um porta-voz da Shebab, o xeque Ali Mohammud Rage,
assumiu a autoria do ataque alegando que “o Quênia está em guerra com a
Somália” por ter realizado uma intervenção militar neste país contra bases
islamitas. As regiões do Quênia situadas na fronteira com a Somália, de 700
quilômetros, e, em particular, as áreas de Mandera e Wajir, assim como Garissa,
são alvos frequentes de ataques islamitas.
Em
2014, cerca de 200 pessoas morreram e outras tantas ficaram feridas no Quênia
em ataques reivindicados pelo Shebab ou atribuídos a ele. O ataque de maior
impacto reivindicado pela milícia foi a invasão, em setembro de 2013, do
shopping Westgate em Nairóbi, que terminou com 67 mortos. (das agências de notícias)
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