VIDA CONSAGRADA OBEDIÊNCIA E SABEDORIA por Papa Francisco
VIDA CONSAGRADA
OBEDIÊNCIA E SABEDORIA por Papa Francisco
2015-02-05 Rádio Vaticana
O Santo Padre iniciou a sua homilia sublinhando a cena
evangélica que nos apresenta a emocionada ternura com a qual Maria caminha no
Templo com Jesus Menino no braço, levando-o a encontrar o Seu povo. O Papa
Francisco ressaltou o profundo significado da imagem de Maria que leva o Filho,
mas também Jesus que, no fundo, a leva neste caminho de Deus que vem até nós, a
fim de que nós possamos ir até Ele. E Jesus veio fazer a vontade do Pai,
obedecendo e humilhando-se:
“Jesus fez a nossa mesma estrada para indicar-nos o
caminho novo, ou seja, o caminho novo e vivo, que é Ele mesmo. E para nós,
consagrados, este é o único caminho que, concretamente e sem alternativas,
devemos percorrer com alegria e esperança.”
“Para um religioso, progredir significa abaixar-se
no serviço, isto é, fazer o mesmo caminho de Jesus, que não considera um
privilégio ser igual a Deus. Abaixar-se fazendo-se servo para servir.”
Na cena da Apresentação de Jesus no Tempo o Papa
Francisco coloca lado a lado o grupo dos jovens, Maria e José; e dos anciãos,
Simeão e Ana, que acolhem o Menino. Ambos os grupos conduzem o Menino, mas são
também conduzidos por Ele. Ambos os grupos são guiados pela obediência a Deus e
à lei. Obediência que se transforma em sabedoria – afirmou o Papa Francisco:
“Através do caminho perseverante na obediência, amadurece
a sabedoria pessoal e comunitária, e assim se torna possível também adaptar as
regras aos tempos: de facto, a verdadeira atualização é obra da sabedoria,
forjada na docilidade e obediência.”
“Através deste caminho, somos preservados do viver
a nossa consagração de modo light e desencarnado, como se fosse uma gnose, que
se reduziria a uma “caricatura” da vida religiosa, na qual se vive o seguimento
a Cristo sem renúncia, uma oração sem encontro, uma vida fraterna sem comunhão,
uma obediência sem confiança, uma caridade sem transcendência.”
O Santo Padre concluiu a sua homilia afirmando desejar
que os consagrados, em particular, saibam conduzir os outros a Deus deixando-se
guiar por Jesus. (RV)
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