PAPA FRANCISCO Púrpura a Periferias

PAPA FRANCISCO
Púrpura a Periferias*

(Resumo de art. do Prof. Ansemo Borges no DN 14 fevereiro 2015 por A. Soares)

Com a nomeação de 15 novos cardeais eleitores do novo Papa (menos de 80 anos) o Papa enfrenta o desafio da Cúria Romana, representando o Colégio Cardinalício 73 países de todo o mundo.
Francisco fez questão de abandonar critérios tradicionais de escolha. Ficaram de fora grandes cidades. Mas o arcebispo de Santiago, Arlindo Gomes Furtado, tornou-se o primeiro cardeal de Cabo Verde na história, o arcebispo de Rangun, o primeiro cardeal birmanês, como o bispo de Tonga  (53 anos o mais novo do Colégio) A América Latina fica representada por mais três cardeais, e a Ásia também com mais três.
A assembleia dos cardeais conta com 228 membros, dos quais 125 são eleitores: 57 da Europa, 17 dos Estados Unidos e Canadá, 19 da América Latina, 15 da África, 14 da Ásia e três da Oceânia. Francisco cumpre dois objectivos: uma Igreja pobre para os pobres, uma Igreja das e para as periferias; e a descentralização.
Francisco não se cansa de prevenir os cardeais contra as tentações do orgulho e da ostentação. O cardinalato é um serviço que exige ampliar a visão e engrandecer o coração. O que lhes pede é que possam ajudá-lo com "fraterna eficácia" no seu serviço da Igreja universal.
Pede-lhes, "por favor", que aceitem esta nomeação com "um coração simples e humilde", longe de "qualquer expressão mundana, de qualquer celebração alheia ao espírito evangélico de austeridade, sobriedade e pobreza".

Recordou-lhes que "ser cardeal significa dar testemunho da Ressurreição do Senhor e dá-lo totalmente, até ao sangue se for necessário". Mas é preciso que, nestas festas, "se não insinue o espírito mundano, que atordoa mais do que a aguardente em jejum, desorienta e separa da cruz de Cristo".   In DN 14 fevereiro 2015*

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