CONGO/Guterres
CONGO/Guterres
Em Kinshasa, Guterres promete que “Nações Unidas não abandonarão o povo
congolês”
Monusco/Michael Ali.
Secretário-geral da ONU, António Guterres,
discursa perante jornalistas em Kinshasa,
capital da República Democrática do Congo.
|
2 setembro 2019
Secretário-geral aponta “vento
de esperança soprando sobre a RD Congo”; conferência coorganizada pela ONU vai
abordar combate ao ebola e a questão de serviços básicos de saúde em novembro.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres,
destacou esta segunda-feira que a organização continua o seu compromisso com a
República Democrática do Congo, RD Congo, e “as Nações Unidas não abandonarão o
povo congolês”.
As declarações foram feitas na capital do país Kinshasa,
após um encontro com o presidente Félix Tshisekedi. Antes, Guterres passou dois
dias na província oriental de Kivu do Norte, em contato com as partes
envolvidas na estabilização e no combate ao surto de ebola.
Esperança
Guterres afirmou que as Nações Unidas não decepcionarão o
povo congolês e que o “vento de esperança soprando sobre a RD Congo” deve ser
aproveitado.
O apelo feito à comunidade internacional é que apoie ao povo e ao governo
congolês em relação às instituições, construindo um desenvolvimento sustentável
e inclusivo e oferecendo segurança e respostas humanitárias eficientes.
Em relação ao combate ao surto de ebola, Guterres
destacou o apelo que fez aos credores para que estes coloquem rapidamente os
valores prometidos ao dispor do país para financiar as ações que agora contam
com apenas 15%.
Em novembro, terá lugar uma conferência organizada pela
ONU e a RD Congo. Para Guterres, essa reunião internacional “abordará não
apenas o problema do ebola, mas principalmente a questão de serviços básicos de
saúde”.
Segundo ele, deve haver uma capacidade de resposta
simultânea e de maneira mais eficaz não somente ao ebola, mas também ao
sarampo, à malária, à cólera e a todos os outros problemas básicos de saúde
enfrentados pelos congoleses.
Momento
Para Guterres, vive-se um momento histórico para
desenvolver instituições democráticas na RD Congo.
Quanto ao combate aos grupos armados, Guterres disse que
a Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, reforçaria a capacidade de combater
o grupo rebelde do ADF. Ele destacou que a ONU e o governo congolês concordaram
em reforçar a cooperação entre a operação de paz e as Forças Armadas.
O chefe das Nações Unidas destacou ainda que é “enorme” o
potencial de riqueza da RD Congo, que segundo ele “deve servir aos interesses
do povo congolês e do campo humanitário”.
Guterres assegurou o trabalho conjunto com o Governo da
RD Congo para que seja criado um novo relacionamento “normal” entre as duas
partes, com uma equipe nacional das Nações Unidas atuando com o governo para o
desenvolvimento e bem-estar do povo congolês.
Comentários
Enviar um comentário