PORTUGAL: A CRISE NÃO PASSOU Para a maioria dos portugueses a crise não passou
PORTUGAL: A CRISE NÃO
PASSOU
Para a maioria dos
portugueses a crise não passou
04 Setembro, 2019 • 00:17 TSF
Apesar da enorme descida do desemprego,
o emprego, os salários baixos e o custo de vida são as principais preocupações
dos portugueses.
© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens |
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Contrariando os números oficiais sobre o crescimento da
economia e a queda do desemprego, menos de um terço por portugueses sentem que
a crise económica foi ultrapassada e 53,5% estão mesmo convencidos que esta
ainda não passou.
A conclusão é de um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de
Lisboa, encomendado pela Missão Continente.
O trabalho revela ainda que o desemprego continua a ser o problema que mais portugueses (38,8%) consideram como o mais importante para o país, seguido, em segundo lugar, dos salários baixos e poder de compra (29,2%), da corrupção (26%) e das falhas do sistema de saúde (24,5%).
A investigadora e coordenadora do estudo, Luísa Schmidt, defende que estes números e a perceção dos portugueses sobre a existência ou não, ainda, de uma crise, mostram que, no fundo, estamos de "ressaca" e que a crise económica de 2008 foi tão forte e afetou tantas pessoas que deixou marcas profundas.
O trabalho revela ainda que o desemprego continua a ser o problema que mais portugueses (38,8%) consideram como o mais importante para o país, seguido, em segundo lugar, dos salários baixos e poder de compra (29,2%), da corrupção (26%) e das falhas do sistema de saúde (24,5%).
A investigadora e coordenadora do estudo, Luísa Schmidt, defende que estes números e a perceção dos portugueses sobre a existência ou não, ainda, de uma crise, mostram que, no fundo, estamos de "ressaca" e que a crise económica de 2008 foi tão forte e afetou tantas pessoas que deixou marcas profundas.
Luísa Schmidt
explica a ideia de ressaca da crise.
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Um exemplo: quando se pergunta aos portugueses o que
fariam se tivessem um aumento de rendimentos no topo das prioridades surge a
saúde e a poupança, mesmo entre os mais novos, algo que não acontecia antes da
crise.
Luísa Schmidt
diz que é normal que o desemprego continue no topo das preocupações.
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"Ainda há um trauma da crise pois não houve
praticamente nenhuma família que não tivesse sido afetada, mantendo-se um
receio", acrescenta Luísa Schmidt, que sublinha que o desemprego até pode
ter caído muito mas os salários não subiram e os custos de vida, nomeadamente
da habitação, disparam.
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