MADAGÁSCAR/ proximidade ao povo Papa enaltece trabalho de proximidade dos missionários e religiosos católicos
MADAGÁSCAR/ proximidade ao povo
Papa enaltece
trabalho de proximidade dos missionários e religiosos católicos
Set 8, 2019 - 16:18
Francisco destacou compromisso social num
contexto de pobreza extrema
O Papa encerrou hoje o terceiro dia de
visita a Madagáscar com um apelo à proximidade da Igreja Católica ao povo, para
que “nunca se afaste” das pessoas que serve.
“Sei que muitos de vós vivem em condições
difíceis, carecendo dos serviços essenciais – água, eletricidade, estradas,
meios de comunicação – ou dos recursos económicos para gerir a vida e a
atividade pastoral. Muitos de vós sentem sobre os seus ombros, para não dizer
sobre a sua saúde, o peso das fadigas apostólicas. Mas escolhestes ficar e
estar ao lado do vosso povo, com o vosso povo. Obrigado por isto, obrigado de
coração por estardes próximos do vosso povo”, declarou, num encontro com
membros do clero e institutos religiosos, seminaristas, catequistas
Falando perante centenas de pessoas
reunidas no campo desportivo do Colégio de São Miguel, num bairro da capital
malgaxe, o pontífice elogiou “uma Igreja viva, comprometida, que procura ser
dia-a-dia uma presença do Senhor”.
A intervenção começou por recordar os
“pioneiros” da evangelização da grande ilha, bispos, sacerdotes e consagrados,
bem como os “leigos que em tempos difíceis de perseguição, quando muitos
missionários e consagrados foram obrigados a partir, mantiveram viva a chama da
fé nesta terra”.
O Papa convidou os presentes a
uma atitude de louvor a Deus, para evitar uma missão com “pouco sabor de
Evangelho”.
Nos inúmeros domínios onde exerceis a vossa obra evangelizadora,
travais batalha em nome de Jesus. Em seu nome, prevaleceis sobre o mal, quando
ensinais a louvar o Pai celeste e quando ensinais, com simplicidade, o
Evangelho e o catecismo, quando visitais e assistis uma pessoa doente ou quando
ofereceis o conforto da reconciliação. Em seu nome, sois vencedores dando de
comer a uma criança, salvando uma mãe do desespero de ficar sozinha a cuidar de
tudo, dando trabalho a um pai de família”.
Os católicos representam 34,8%
da população de Madagáscar, segundo dados
divulgados pelo Vaticano; a Igreja Católica tem mais de 6 mil escolas, desde o
ensino primário à Universidade, onde estudam quase 700 mil alunos, além de
várias outras instituições de ação social.
Francisco sublinhou a importância deste
“combate contra a ignorância” e o esforço de levar “saúde a milhares de
pessoas”.
“Felizes sois vós, feliz Igreja dos pobres
e para os pobres, porque vive impregnada do perfume do seu Senhor, vive
jubilosa, anunciando a Boa Nova aos descartados da terra, àqueles que são os
preferidos de Deus”, declarou, num momento em que já tinha caído a noite na
capital malgaxe.
No último compromisso público em
Madagáscar – onde pernoita até terça-feira, apesar da deslocação a Saint-Louis
-, o Papa deixou a todas as comunidades católicas da nação insular uma mensagem
de “afeto e proximidade”, rezando por elas.
A 31ª viagem internacional do pontificado,
quarta ao continente africano, começou esta quarta-feira na capital de
Moçambique e prossegue esta segunda-feira na Maurícia.
OC
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