PANDEMIA: globalização da fraternidade


PANDEMIA: globalização da fraternidade
JM-265
O Alto Comité para a Fraternidade Humana (ACFH), convida a todos a um dia de oração pela Humanidade – 14 de maio

Rezar pela humanidade
O ACFH é presidido pelo cardeal Miguel Angel Ayuso Guixot, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Foi instituído em agosto passado, depois do encontro histórico em Abu Dhabi, em 4 de fevereiro de 2019, entre o Papa Francisco e o grande Íman de Al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb, e da assinatura do “Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz e da convivência comum”. 
O ACFH é composto por líderes religiosos, estudiosos e expoentes da cultura de todo o mundo, que se dedicam a promover seus ideais de paz e respeito mútuo.

Dia 14 de maio
Na sua mensagem, o Alto Comité diz: “Não vamos esquecer de nos dirigir a Deus, o Criador, num momento em que o mundo enfrenta o grave perigo do Covid-19 “que ameaça a vida de milhões de pessoas em todo o planeta”.
E propõe o dia 14 de maio como “um dia de oração, jejum e invocação pela humanidade”, solicitando aos líderes religiosos e todas as pessoas do mundo (crentes e não crentes), “a responderem a este convite humanitário e a dirigir-se a Deus (ou a um Ser Supremo) com uma só voz, para que preserve a humanidade, lhe restitua a segurança, a estabilidade, a saúde e a prosperidade e torne o nosso mundo, eliminada esta pandemia, mais humano e mais fraterno”.

Pelos governantes
Na missa em Santa Marta, o Papa insistiu: “Rezemos hoje pelos governantes que têm a responsabilidade de cuidar de seus povos nestes momentos de crise, para que o Senhor os ajude e lhes dê força porque o trabalho deles não é fácil”.
Francisco pediu aos governantes dos países para que se entendam, pois “devem ser muito unidos para o bem do povo, porque a unidade é superior ao conflito”.
Ao comemorar o 70º aniversário da Declaração de Robert Schuman, que iniciou a União Europeia, pediu que a Europa cresça unida nesta unidade de fraternidade que faz com que todos os povos cresçam em unidade na diversidade

Único futuro possível
Segundo o arcebispo Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, a única resposta possível, olhando para o futuro, tem de ser construída sobre a fraternidade e solidariedade, entendidas como fundamentos sobre os quais repousa a sobrevivência da humanidade. A palavra de ordem é a “globalização da fraternidade”, explicou à Radio Vaticana.
O coronavírus colocou perante todos a fragilidade humana da ciência e da técnica. Se o orgulho todo-poderoso do ser humano continuar a guiar o sentido da própria vida, os frutos está finalmente sob os olhos de todos. Não podemos mais continuar como fizemos até agora.
São urgentes novas formas de fraternidade solidária de inclusão, integração e inovação.

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