PANDEMIA: globalização da fraternidade
PANDEMIA: globalização da fraternidade
12 Maio, 2020 JM-265
O Alto Comité para a
Fraternidade Humana (ACFH), convida a todos a um dia de oração pela Humanidade
– 14 de maio
Rezar pela humanidade
O ACFH é presidido pelo
cardeal Miguel Angel Ayuso Guixot, presidente do Pontifício Conselho para
o Diálogo Inter-religioso. Foi instituído em agosto passado, depois do
encontro histórico em Abu Dhabi, em 4 de fevereiro de 2019, entre
o Papa Francisco e o grande Íman de Al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb, e da
assinatura do “Documento sobre a fraternidade humana em prol da paz e da
convivência comum”.
O ACFH é composto por líderes
religiosos, estudiosos e expoentes da cultura de todo o mundo, que se dedicam a
promover seus ideais de paz e respeito mútuo.
Dia 14 de maio
Na sua mensagem, o Alto Comité
diz: “Não vamos esquecer de nos dirigir a Deus, o Criador, num momento em que o
mundo enfrenta o grave perigo do Covid-19 “que ameaça a vida de
milhões de pessoas em todo o planeta”.
E propõe o dia 14 de maio como
“um dia de oração, jejum e invocação pela humanidade”, solicitando aos líderes
religiosos e todas as pessoas do mundo (crentes e não crentes), “a responderem
a este convite humanitário e a dirigir-se a Deus (ou a um Ser Supremo) com uma
só voz, para que preserve a humanidade, lhe restitua a segurança, a estabilidade,
a saúde e a prosperidade e torne o nosso mundo, eliminada esta pandemia, mais
humano e mais fraterno”.
Pelos governantes
Na missa em Santa Marta, o
Papa insistiu: “Rezemos hoje pelos governantes que têm a responsabilidade de
cuidar de seus povos nestes momentos de crise, para que o Senhor os ajude e
lhes dê força porque o trabalho deles não é fácil”.
Francisco pediu aos
governantes dos países para que se entendam, pois “devem ser muito unidos para
o bem do povo, porque a unidade é superior ao conflito”.
Ao comemorar o 70º aniversário
da Declaração de Robert Schuman, que iniciou a União Europeia, pediu que a
Europa cresça unida nesta unidade de fraternidade que faz com que todos os
povos cresçam em unidade na diversidade
Único futuro possível
Segundo o arcebispo Vincenzo
Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, a única resposta
possível, olhando para o futuro, tem de ser construída sobre a fraternidade e
solidariedade, entendidas como fundamentos sobre os quais repousa a
sobrevivência da humanidade. A palavra de ordem é a “globalização da
fraternidade”, explicou à Radio Vaticana.
O coronavírus colocou perante
todos a fragilidade humana da ciência e da técnica. Se o orgulho todo-poderoso
do ser humano continuar a guiar o sentido da própria vida, os frutos está
finalmente sob os olhos de todos. Não podemos mais continuar como fizemos até
agora.
São urgentes novas formas de
fraternidade solidária de inclusão, integração e inovação.
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