SAÚDE coronavírus 5 milhões
SAÚDE coronavírus
OMS reforça aprendizado mútuo após mundo ultrapassar 5
milhões de casos de Covid-19
22 maio 2020
ONU News
BR
ONU/ Elma Okic
Diretor-geral da Organização Mundial da
Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus.
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Pelo menos 327.738 pessoas morreram até esta sexta-feira por
causa da doença; briefing da agência, em Genebra, descreveu aumentos de casos
no Brasil e em outros países da América do Sul como “preocupante”; especialista
ressaltou que OMS não recomenda nenhum medicamento contra a pandemia por
falta de estudos conclusivos sobre eficácia.
A Organização Mundial da
Saúde, OMS, disse que à medida que o mundo ultrapassa os 5 milhões de casos da Covid-19, é
essencial consolidar a união nacional e a solidariedade global para o
aprendizado mútuo e suprimir o vírus em todos os lugares.
O diretor-geral da agência,
Tedros Ghebreyesus, afirmou que uma parte importante da resolução da Assembleia
Mundial da Saúde, encerrada esta semana, é que além de combater a
doença, os governos também precisam garantir a manutenção de serviços
essenciais de saúde.
América do Sul e Brasil
Estado de São Paulo, no Brasil, tem o maior número de casos de coronavírus do país., by Diogo Moreira/Governo de Sao Paulo |
No briefing em Genebra, o
diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Michael Ryan, foi
perguntado sobre o Brasil e uma possível negociação para que o
país receba assistência da agência.
Ryan lembrou que o aumento no
número de casos, que chegam a 300 mil e cerca de 20 mil mortes,
a maioria observada nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará,
Amazonas e Pernambuco. Ele informou que o Brasil está atuando em
cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, que
“assiste diretamente governos de vários estados afetados, incluindo o
Amazonas”.
O especialista falou
ainda de outros países sul-americanos, onde “claramente existe muita
preocupação”. Mas destacou o Brasil como o mais afetado neste momento.
Hidroxicloroquina
by ONU Guyana
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Ryan mencionou ainda a recente
aprovação pelas autoridades brasileiras do uso amplo do
medicamento hidroxicloroquina, realçando que avaliações clínicas e
sistemáticas atuais não apoiam o uso deste fármaco para a Covid-19, “até
que os estudos estejam completos e haja resultados claros”.
Na ocasião, o diretor-geral da
OMS destacou que quando os sistemas de saúde são sobrecarregados, as mortes por
surtos e condições evitáveis e tratáveis aumentam de forma dramática. Em nível
global, pelo menos 327,738 óbitos foram registrados devido à doença.
Ghebreyesus realçou que é
crucial manter a confiança das pessoas na capacidade desses sistemas de
fornecer serviços essenciais com segurança, para garantir que continuem a
procurar atendimento quando necessário e sigam os conselhos de saúde pública.
Vacinas
A OMS destacou ainda a
colaboração desde o início deste surto com o Fundo da ONU para a Infância,
Unicef, para que suprimentos essenciais cheguem a profissionais da
saúde, pacientes e crianças em todo o mundo".
Criança usa máscara em Joanesburgo, na África do Sul, by Unicef/Shiraaz Mohamed |
O Unicef pediu aos países que
estejam preparados, inovem e pensem nas vacinas como um investimento
inteligente, estratégico e que também são uma obrigação a cumprir em favor das
crianças. A preocupação da agência é com as nações mais pobres, famílias e
meninas que vivam nessa situação em todos os países.
Proteção
Já o chefe da Aliança Gavi
destacou que na discussão global sobre uma vacina para a Covid-19, uma das
questões essenciais é como como fazer dela um bem global, e não somente para a
proteção individual.
A OMS destacou ainda a
situação na África onde apesar de um aumento de infecções que em alguns países
oscilou entre 50% a 100% nas últimas semanas, não tem sido observado um
alto número de mortes. Esses dados baixos sobre óbitos na região são para agência
um motivo de elogio.
Centro de Controle e Prevenção de Doenças
Uma ilustração digital do coronavírus mostra a aparência do vírus em
forma de coroa
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