CRUZ VERMELHA dia mundial
CRUZ VERMELHA dia mundial
Dia Mundial da Cruz Vermelha dedicado a 14 milhões de voluntários
08.05.2020
Vatican News
"Um trabalho que faz tanto bem":
foi assim que o Papa na missa da Casa Santa Marta recordou nesta sexta-feira
todos aqueles que trabalham para dar alívio de forma neutra em todas as frentes
de crise, graças à principal agência humanitária do mundo. "Continue
aplaudindo" é o slogan escolhido para este dia 8 de maio, dedicado aos
médicos e profissionais de saúde da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Marco Guerra, Silvonei |
José - Cidade do Vaticano
Há mais de 150 anos uma cruz
vermelha sobre um fundo branco é o símbolo, reconhecido mundialmente, dos
trabalhadores da saúde, de qualquer nacionalidade, que levam alívio em qualquer
cenário de guerra e crise, em total independência e neutralidade.
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Cruz Vermelha presente em
192 países
Entre os escombros causados por
um bombardeio ou na lama após um desastre natural, onde quer que haja uma
emergência há um homem ou uma mulher da Organização Internacional Cruz Vermelha
e Crescente Vermelho, presente em 192 países de todo o mundo com cerca de 14
milhões de voluntários organizados em 160 mil comitês locais.
O espírito do fundador,
Henry Dunant
Todo ano, no dia 8 de maio, toda
a comunidade internacional celebra o Dia Mundial da Cruz Vermelha, a maior
organização humanitária do mundo. O aniversário ocorre no dia do nascimento de
Henry Dunant, considerado o fundador da organização e aquele que indicou os
princípios sobre o quais ainda se baseia: humanidade, imparcialidade,
neutralidade, independência, voluntariado, unidade e universalidade. O serviço,
que cuida e protege, nasceu em 1859, após o 25 de junho daquele ano, quando o
empresário suíço Dunant se encontrou diante do cenário sangrento do final da
batalha de Solferino, entre o exército franco-piemontês e o austríaco, que
causou cerca de 100 mil mortos, feridos e desaparecidos no campo de batalha.
Dunant, na Itália para conhecer Napoleão III, encontrou esse horror diante de
seus olhos e decidiu montar uma equipe de enfermeiros voluntários prontos para
apoiar os cuidados de saúde militares em um âmbito de neutralidade total.
Voluntários: comunidades
locais
O espírito que animou o
nascimento da Cruz Vermelha tem acompanhado a organização até os dias de hoje,
ampliando as áreas de intervenção no social e na saúde. Guerras, pandemias,
fome, catástrofes naturais, apoio à pobreza e apoio psicológico, mas acima de
tudo presença e proximidade às comunidades locais. Este último é o verdadeiro
elemento de excelência da organização, como sublinhou o porta-voz da Cruz
Vermelha Internacional, Tommaso della Longa: "A característica distintiva
dos nossos voluntários é que eles estão ali antes, durante e depois das
emergências; porque eles fazem parte das comunidades locais afetadas. São
pessoas que conhecem as necessidades, os costumes e os hábitos dos países em
que intervêm. Isso também é um fator positivo em tempos da Covid-19 porque
nosso pessoal já está pronto no local".
Dedicação ao pessoal de
saúde
O lema do Dia 2020 é “Keep
clapping” (Continue aplaudindo) escolhido para apoiar a equipe médica e os
voluntários da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho comprometidos na linha de
frente da pandemia da Covid-19. Para saber mais, entrevistamos a
Vice-Presidente da Cruz Vermelha Italiana, Rosario Valastro:
R. - A Federação Internacional
da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho escolheu este slogan para
celebrar o nosso Dia Mundial a fim de manter o foco de atenção nos
profissionais de saúde e em todos aqueles que garantem a eficácia e a presença
dos socorros. Hoje, assim como há 150 anos, o conceito de neutralidade da
pessoa que leva alívio é absolutamente fundamental.
A Cruz Vermelha Russa na linha
de frente também contra a pandemia da Covida-19?
R. - Sim, neste momento estamos
na linha de frente. A ajuda às pessoas mais vulneráveis é declinada nos modos
mais adequados às diferentes realidades locais. Na Itália, por exemplo, temos
um compromisso voltado principalmente para os idosos, solitários,
imunodeprimidos ou pessoas vulneráveis; em vez de claramente o transporte
sanitário, com alta contenção biológica para os pacientes Covid. No resto do
mundo também é declinado de acordo com o que são emergências humanitárias. Em
áreas de fronteira onde há importantes fluxos migratórios ou em locais onde há
grandes bolsões de pobreza. Em todos os estados, são tomadas medidas para
garantir a presença de socorros.
Quais são as principais
atividades em que os senhores estão envolvido no mundo neste momento, além da
emergência do coronavírus?
R. - Continua a se registrar
desastres em nível global, resultantes das mudanças climáticas e de fluxos
migratórios sem governo: a Cruz Vermelha está presente em todos esses cenários.
O que temos infelizmente registrado é que esta nova emergência sanitária que
atingiu nossos países colocou em segundo plano, por parte da opinião pública,
quais são os desafios e necessidades contínuas das pessoas vulneráveis que
continuam também em outras frentes.
Qual é o fio condutor que liga o
fundador Dunant aos voluntários de hoje?
R. - A Cruz Vermelha nasceu nos
campos de batalha, com o ponto firme de neutralidade do pessoal que presta
ajuda e do ferido. Nasceu para garantir a dignidade humana a todos os homens,
sem distinção alguma, nem mesmo naquele quadro de bestialidade que pode ser a
guerra. A ação atual da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho tem uma relação
direta com o que ocorreu quando a organização foi concebida, pois ela atua no
campo para garantir a humanidade de todos e a dignidade às pessoas mais vulneráveis
e solitárias. Hoje estamos ainda mais próximos da ideia original daquelas
sociedades de socorro que não participam de conflitos.
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