PANDEMIA Papa pós-pandemia
PANDEMIA Papa pós-pandemia
PAPA FRANCISCO seus pensamentos sobre a vida após a
pandemia
“A nossa vida depois da pandemia não deve
ser réplica do que foi antes”. Palavras do cardeal Czerny no prefácio do livro
"Vida após a pandemia" da LEV que reúne oito pronunciamentos do Papa
Francisco. O cardeal guia a leitura que ilustra o pensamento unitário do
Pontífice, seu olhar para o futuro da humanidade cheio de amor e de esperança
Cidade do Vaticano
As reflexões do Papa em tempo de
pandemia: o que este período quis dizer à humanidade e por que? Responde a
estes quesitos a coletânea de pronunciamentos do Papa Francisco, com o título
“Vida após a pandemia” editado pela Libreria Editrice Vaticana com o prefácio
do cardeal Michael Czerny, subsecretário da Seção Migrantes do Dicastério para
o Serviço Humano Integral.
Trata-se de oito pronunciamentos
que partem do dia 27 de março – dia da bênção Urbi et Orbi durante o Momento
Extraordinário de oração realizado no Adro da Basílica de São Pedro até 22 de
abril, dia da Audiência Geral por ocasião do 50º Dia Mundial da Terra, passando
pela Carta de 30 de março a Roberto Andrés Gallardo, presidente do Comitê
Pan-americano dos Juízes pelos Direitos Sociais; a Mensagem Urbi et Orbi da
Páscoa; a Carta aos Movimentos Populares de 12 de abril e também sua
contribuição escrita para a revista espanhola Vida Nueva; a Homilia
pronunciada no Domingo da Divina Misericórdia de 19 de abril até sua saudação
ao mundo dos Jornais de Rua em 21 de abril passado.
Ouça e compartilhe
Oito textos em uma única
progressão
Oito textos para serem lidos
“como uma única progressão” do pensamento de Francisco, com dois objetivos:
“sugerir uma direção, chaves de leitura e diretrizes para reconstruir um mundo
melhor” depois da crise que estamos vivendo, e “semear esperança” em meio a
tantas desorientações. Em todos encontra-se o estilo Urbi et Orbe, ou seja, o
convite à escuta dirigido à toda a humanidade “de modo inclusivo”. Nestes,
escreve ainda o cardeal Czerny no Prefácio, “o Papa fala aos necessitados e aos
sofrimentos das pessoas em suas mais variadas situações locais de um modo muito
pessoal, sentido, comprometido e cheio de esperança”. A abordagem é “calorosa e
inclusiva” e com o desafio para que “ousem fazer o bem, e fazer melhor”.
Os invisíveis
Dirigindo-se diretamente a todos
e a cada um, não “do alto” ou de modo abstrato, Papa Francisco – observa o
cardeal Czerny – “alonga a mão com afeto paterno e compaixão assumindo o
sofrimento e o sacrifício de muitas pessoas”. Fala aos chefes de Estado e de
Governo, mas nesta coletânea, “escuta e olha”, também para os muitos
“invisíveis”. A visão é a do após Covid-19, o pedido é o do compromisso, ação e
oração. O compromisso em combater o “vírus do egoísmo dos interesses privados”
que na pandemia se revelou como um sistema falimentar, atuando em uma
“conversão permanente e resoluta” rumo a uma “nova era de solidariedade”.
Desafios
O Papa “nos pede para mostrar
coragem de inovação, experimentando novas soluções e empreendendo novos
caminhos”. Pede para “desafiar e mudar os empreendimentos atuais, reconhecer o
trabalho informal, reforçar o trabalho da assistência de saúde” respondendo a
carências e erros que a pandemia evidenciou e não considerar nada como óbvio a
partir da importância do “estar juntos”. A nossa vida – destaca ainda o cardeal
Czerny no Prefácio – depois da pandemia não deve ser uma réplica do que foi
antes”.
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