CÁRITAS Internationalis-pandemia
CÁRITAS Internationalis-pandemia
Ações corajosas para enfrentar os efeitos da pandemia
7 maio 2020 Vatican News
A organização, que já está atuando na linha de frente da crise
sanitária, acredita que as consequências geradas pela pandemia sobre a economia
dos países mais pobres poderiam ser piores do que a própria doença. A Caritas
Internationalis, então, entre outras medidas “corajosas e imediatas”, pede à
comunidade internacional a suspenção de sanções e a garantia de serviços e
recursos aos mais vulneráveis.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
As consequências da pandemia
de Covid-19 podem “ser ainda mais perigosas e mortais que o próprio vírus,
especialmente nas comunidades mais vulneráveis que vivem nos países mais
pobres”. Por isso, é necessário que a comunidade internacional realize ações
“corajosas e imediatas”, como a suspensão de sanções econômicas dos países, o
suporte às organizações de inspiração religiosa para a assistência humanitária
e o provimento de recursos aos mais vulneráveis, deslocados internos e
refugiados.
16/04/2020
Uma emergência atípica
O pedido é feito pela Caritas
Internationalis que, através de um comunicado, enfatiza como o lockdown na
Europa, nos Estados Unidos, na China e no Japão tenha “paralisado a economia
global, que agora está fortemente comprometida”. “Estamos cientes de estar
diante de uma emergência atípica em que os países que normalmente estão entre
os maiores doadores, são aqueles mais afetados pelo vírus”, afirma o secretário-geral
da organização católica, Aloysius John, “mas devemos estar conscientes que usar
o apoio internacional para responder às necessidades nacionais não representa a
solução justa”.
230 milhões de pessoas
correm risco de passar fome
Segundo o World Food Program,
de fato, o número de pessoas que correm o risco de passar fome no mundo pelas
consequências da pandemia poderia chegar até 230 milhões de pessoas. Na África,
por exemplo, falta comida e muitos países ainda sofreram com inundações,
estiagem, invasões de gafanhotos e colheitas escassas.
Entre as categorias mais
suscetíveis estão os migrantes, os deslocados internos, os refugiados e os
repatriados, como aqueles na Venezuela. A situação é particularmente crítica
quando se trata de migração irregular, porque “não se enquadra em nenhuma das
categorias que podem receber ajuda”.
As propostas da Caritas
Internationalis
Com esse panorama geral, a
Caritas exorta, então, a suspensão das “sanções econômicas contra a Líbia, o
Irã, a Venezuela e a Síria para poder consentir a importação de remédios,
equipamentos médicos e bens de primeira necessidade para a população”. Além
disso, solicita às organizações de inspiração religiosa o fornecimento de
“meios necessários para responder às necessidades urgentes causadas pela
pandemia, implementando programas de microdesenvolvimento, capazes de garantir
a segurança alimentar às comunidades mais pobres, bem como a assistência
humanitária, sanitária e em dinheiro”. Enfim, pede o provimento de “recursos
adicionais para apoiar as comunidades mais vulneráveis para que sobrevivam
durante este período de lockdown” e a garantia do “acesso a serviços essenciais
para os deslocados internos e refugiados, incluindo o acesso aos campos de
refugiados”.
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