MUNDO NOVO a construir
MUNDO NOVO a construir
D. Nuno: É tempo de construir um mundo novo e de olhar para os que
ainda vão sofrer por causa da pandemia
O bispo do Funchal presidiu à Eucaristia que se iniciou pelas 12.30
horas, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima no Cabo Girão, precedida do
Terço.
Por Luisa Gonçalves
13 Maio, 2020 JM
Foto. Duarte Gomes |
Perante um número reduzido de peregrinos, tanto no interior como no exterior do santuário, um resultado das medidas implementadas para possibilitar o regresso dos fiéis às celebrações presenciais, o bispo diocesano disse ainda que este “tempo favorável” deve ser uma ocasião para construir um mundo “mais de acordo com o Evangelho”.
O bispo diocesano falou ainda
de um tempo de responsabilidade e sobretudo de solidariedade, nomeadamente para
com os que “sofreram ainda vão sofrer, por esta situação da pandemia, seja
pela doença, seja pelas consequências de toda esta paragem”.
“Vamos pedir a Nossa Senhora
que nos dê forças para os ajudarmos e para construirmos um mundo melhor, mais
parecido com a vontade de Deus”, frisou.
Numa manhã de sol e céu azul,
a cerimónia desta manhã serviu também para “louvar Nossa Senhora”, aquela que
nos foi dada como Mãe, e para lhe pedir “que nos ensine a escutar o Evangelho e
a abrir o nosso coração”, mostrando que acreditamos nas “palavras proclamadas
há dois mil anos, são hoje alimento para a nossa vida”.
. Duarte Gomes
Neste dia 13 de maio, é sempre
lida a passagem do Evangelho de São João em que, na cruz, Jesus apresenta Nossa
Senhora como nossa mãe. A mesma Mãe que apareceu aos Pastorinhos em Fátima, que
nos “veio dizer que continua a exercer este seu papel de mãe. Que continua a
acolher o pedido que Jesus lhe fez na Cruz”.
É isso, frisou, “que a Virgem
Maria tem realizado ao longo dos tempos. E podemos dizer, a Senhora do Monte,
aqui na nossa ilha é uma realização disso mesmo. Deste cuidado que Nossa
Senhora tem, pelos discípulos de seu filho, por nós”.
E nós cristãos não podemos
nunca duvidar que assim é mesmo em tempos difíceis: “Nossa Senhora
cuida de nós hoje, como cuidou do Portugal de 1917, como cuidou dos nossos antepassados
no século XVI, como cuidou de todos os discípulos de Jesus ao longo de todos
estes séculos”. Um cuidado que se traduz quando nos recorda o Evangelho, quando
nos mostra o caminho e quando nos mostra que é “o discípulo perfeito”, que nos
deve servir de exemplo.
No final da celebração,
organizada pelas Equipas de Nossa Senhora da Paróquia da Quinta Grande, e
concelebrada pelo Pe. Adelino e pelo Pe. Carlos Almada, a imagem percorreu o
adro do Santuário.
Por ali, como já se disse,
eram poucos os fiéis. Mas os presentes representaram todos os outros que, por
variados motivos, “desejariam hoje estar aqui e não estão”. Isso mesmo disse o
Pe. Adelino Macedo Costa, pároco da Quinta Grande, que agradeceu a
disponibilidade de D. Nuno Brás para presidir a esta cerimónia em
circunstâncias especiais, mas nem por isso vivida com menos fé ou menos
esperança no futuro.
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