EUROPA bem comum


EUROPA bem comum
Movimento Europeu de Trabalhadores Cristãos afirma ser “o momento de fazer política pelo bem comum”
Dia da Europa motiva comunicado “Requiem por uma Europa que deve morrer, poema a uma Europa sonhada”
Por autor
D.R.
O Movimento Europeu de Trabalhadores Cristãos (METC) escreve comunicado a propósito do Dia da Europa, que se assinala este sábado, lembrando os valores da Europa e pedindo “política pelo bem comum”.
“Vimos uma situação de debilidade com Estados de bem-estar que desinvestiram na sua ação social e nos serviços públicos (fruto das políticas de austeridade) e um mercado laboral fortemente precarizado. É o momento de fazer política pelo bem comum”, alerta o METC, em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O Movimento, a que a LOC/MTC de Portugal pertence, escreveu o comunicado intitulado “Requiem por uma Europa que deve morrer, poema a uma Europa sonhada” reconhecendo como “os povos e os trabalhadores se estão a organizar em redes de solidariedade e de apoio mútuo” bem como “o renascimento da acção comunitária e uma atenção especial às pessoas mais desprotegidas”.
Com o estado de pandemia devido ao Covid-19 está prevista a “chegada de uma onda de desemprego no mundo e na Europa em particular” e o  METC pede “condições dignas” e “rendimentos vitais suficientes”.
“É O MOMENTO DE FAZER POLÍTICA PELO BEM COMUM E PARA ISSO, COMO INDICA O PAPA FRANCISCO, É NECESSÁRIO APLICAR MEDIDAS QUE SUPEREM O PARADIGMA TECNOCRÁTICO DOMINANTE EM VIGOR”, ESCREVEM.
O comunicado, dividido em oito pontos, divulga que se espera “ver estas dinâmicas nas instâncias que nos governam e também nas empresas onde trabalhamos”.
“Dói-nos ver como na Europa e nas instituições comunitárias os governos dos Estados membros reproduzem em interesse próprio umas dinâmicas que já se deram, sem ir mais longe, na crise financeira de 2008, e que devem ser superadas neste momento tão grave”, apontam.
O documento aponta ainda algumas medidas que esperam ver concretizadas seja o fotalecimento “dos sistemas públicos de saúde e da protecção social”, a aplicação de “políticas de regulação para proteger os trabalhadores”, reconstrução do “tecido produtivo e industrial de proximidade que proporcione condições laborais dignas e minimize o prejuízo ao meio ambiente e que os cidadãos paguem um preço justo por estes produtos eticamente produzidos”.
“DEPENDE DE COMO A EUROPA ENFRENTE A RECONSTRUÇÃO ECONÓMICA E SOCIAL DEPOIS DA PANDEMIA, A SUA EXISTÊNCIA TERÁ SENTIDO (PORQUE CUMPRE UMA FUNÇÃO) OU SE DESMORONARÁ”, APONTA.
Sendo o “momento da solidariedade, da cooperação mútua e da acção conjunta e consensualizada” o comunicado sugere ainda que é “o momento para afastar, de uma vez por todas, o populismo, o erguer de fronteiras, a fabricação e tráfico de armas, a marginalização do diferente e a rejeição do imigrante”.
“É o momento de deixar de ser credores de países pobres que já pagaram sobejamente as suas dívidas”, destaca.
O METC termina o comunicado reafirmando as “opções cristãs” e o desejo que “todos os filhos da Europa” vivam na “plenitude a sua condição humana e a sua dignidade de filhas e filhos de Deus.
“Uma Europa com o coração aberto a todos os ventos de justiça, um coração misericordioso para proteger os seus filhos mais débeis e para acolher os pobres que batem às nossas portas”.
SN

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