O que pensa Francisco: 3. sobre as religiões
por ANSELMO BORGES31 agosto 2013
Todo o homem sente uma inquietação profunda face ao
Transcendente, como que inerente à própria natureza humana”. Isto acontece
mesmo em pessoas que nunca ouviram falar de Deus ou provêm de posiões
antireligiosas ou imanentistas
A religião autêntica está em busca permanente, a
religião puramente ritualista está destinada a morrer: pois "deixa--nos um vazio no coração".
A procura religiosa continua forte, "maneiras de
viver o religioso de forma popular".
O desafio maior para os líderes religiosos é o de
"uma atracção através do testemunho",.
Porque há várias religiões? "Deus faz-se sentir no
coração de cada pessoa. Também respeita a cultura dos povos. Cada povo vai
captando essa visão de Deus, tradu-la de acordo com a cultura que tem e vai
elaborando, vai-lhe dando um sistema.
A relação religiosa autêntica implica um compromisso:
"É necessário envolvermo-nos no mundo, mas sempre com base na experiência
religiosa",
Quem acredita em Deus tem, nessa experiência, uma
missão de justiça para com os seus irmãos A fé tem de dialogar com a cultura.
Mais: deve "criar cultura", uma cultura diferente das "culturas
idólatras" da nossa sociedade: "o consumismo, o relativismo e o
hedonismo são exemplo disso".
"Uma fé que
não se torna cultura não é uma verdadeira fé." "A globalização que uniformiza é
essencialmente imperialista e instrumentalmente liberal, mas não é
humana."
"A convivência pacífica entre as diferentes
religiões vê-se beneficiada pela laicidade do Estado, que, respeita e valoriza
a presença do factor religioso na sociedade."
Apontou o ecumenismo como uma das prioridades do seu
pontificado: "Desejo assegurar a minha vontade firme de prosseguir com o
diálogo ecuménico." Continuará igualmente o diálogo inter-religioso.”
Quero repetir:
promoção da amizade e do respeito entre homens e mulheres de diferentes
tradições religiosas." Como sinal disso, enviou uma mensagem pessoal aos
muçulmanos, por ocasião do fim do Ramadão, advogando "o respeito
mútuo", pondo fim às "críticas e difamações" por parte das duas
religiões.
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