Somos todos animais políticos por Armando Soares

Já Papa, Francisco respondeu a uma pergunta sobre a formação dos jovens: “Envolver-se na políti­ca é uma obrigação para o cristão. Temos de nos meter na política, porque a política é uma das for­mas mais altas da caridade, pois procura o bem comum.
Os leigos cristãos devem trabalhar na política. A política está muito suja, e “Está suja porquê?” É uma pergunta que eu faço. É fácil dizer que a culpa é dos outros... Mas eu, o que é que faço? Isto é um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever para um cristão.”
Os políticos pensam mais nos seus interesses e nos dos partidos do que no bem comum. .” E hoje importa mais a imagem do que as propostas políticas.
É preciso trazer a ética para a política: urge reabilitá-la. Preci­samente porque “o amor social se expressa na actividade política para o bem comum”, é “necessário reverter o seu desprestígio”. Essen­cial é o diálogo: “Diálogo, diálo­go, diálogo.” O poder tem a sua legitimação última no serviço do bem comum.
E a Igreja? Deve anunciar e pro­mover os valores e denunciar as injustiças e a violação dos direitos humanos: aí, o padre ou o bispo estão “a profetizar, a exortar, a cate­quizar a partir do púlpito”. A Igre­ja transmite os valores, e eles que façam o resto.”Religião e política estão ao serviço da comunidade. O religioso serve as dimensões huma­nas para o encontro com Deus e a plenitude da pessoa e, assim, “não é errado a religião dialogar com o poder político; o problema é quan­do se associa a ele para fazer negó­cios por baixo da mesa”. in VOZ DA MISSÃO, Novembro 2013



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