PORTUGAL Rumo do Governo não facilita "criação de riqueza e emprego"

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Rumo do Governo não facilita "criação de riqueza e emprego"
Lisboa, 31 mar - A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, manifestou hoje preocupação com a revisão em baixa das estimativas de crescimento pelo Banco de Portugal, alertando que o rumo seguido pelo Governo não facilita a criação de riqueza e de emprego
Global Imagens  ASSUNÇÃO CRISTAS 31/03/16POR LUSA

No âmbito da ronda que a líder do CDS-PP está a fazer desde a sua eleição pelos partidos e parceiros, Assunção Cristas reuniu-se hoje com a UGT, tendo no final sido questionada sobre os dados divulgados quarta-feira pelo Banco de Portugal, que piora as estimativas de crescimento, prevendo agora que a economia portuguesa avance 1,5% no conjunto de 2016, mostrando-se mais pessimista do que o Governo e as instituições económicas internacionais.

"O que nos queremos é que o país cresça, que o país gere emprego e proporemos certamente nesse sentido um conjunto de matérias e de medidas. Preocupa-nos que de facto isso não esteja a acontecer, mas nesse sentido não nos surpreende porque não nos parece que o rumo que o Governo esteja a seguir seja um rumo que facilite a criação de riqueza e de emprego", disse.
Cristas recordou que no debate quinzenal de quarta-feira teve a oportunidade de questionar o primeiro-ministro, António Costa, "sobre o Programa de Estabilidade, onde as matérias do crescimento económico, do défice e da dívida terão de aparecer e são necessárias para também fazer um bom debate do Plano Nacional de Reformas".
Sobre o facto do primeiro-ministro ter rejeitado uma revisão constitucional que resulte na demissão do governador do Banco de Portugal, a líder centrista assegura que "o CDS referiu e continuará a referir que a questão da supervisão é um tema muito relevante", tendo também trazido o tema à reunião com a UGT.
"A nossa preocupação é estudar a fundo a matéria da supervisão, propor um conjunto de alterações nesta área e essa questão da nomeação do Governador do Banco de Portugal não é uma questão nova do CDS, não apareceu agora, não apareceu no atual quadro e nem tem a ver com o atual protagonista. É uma proposta que o CDS já tem apresentada desde 2010", recordou. NM

Cristas promete por isso que o CDS-PP vai continuar a referenciar esta proposta, "mas no quadro de um conjunto relevante de matérias que queremos trabalhar" porque esta nunca foi uma proposta "isolada".

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