RAIOS DE LUZ D. HELDER DA CÂMARA “o santo rebelde”

RAIOS DE LUZ 
D. HELDER DA CÂMARA   “o santo rebelde”
D. Helder Câmara

Alguns cinemas do Brasil fazem jus em passar várias vezes o documentário “D.Hélder Câmara, o santo rebelde”, da mineira Erica Bauer. Produzido há uns dez anos e premiado em diversos festivais, o documentário que reconstitui a história e a grandeza do Bispo D. Hélder Câmara foi resgatado pelo Cinema de Arte, como recordação, em 27 de Agosto 2008, nos nove anos da morte do prelado.
Nascido em 7 de Fevereiro de 1909, Hélder Câmara foi o décimo primeiro de 13 irmãos, dos quais apenas oito sobreviveram a uma epidemia de gripe que assolara Fortaleza quatro anos antes. Filho da união entre João Câmara Filho, guarda-livros de uma empresa comercial, e dona Adelaide Pessoa Câmara, professora primária, veio predestinado a ser um religioso e se tornar uma das personalidades mais queridas, estimadas e respeitadas não apenas do Brasil, mas do mundo. Irrequieto e combativo, idealizador e revolucionário, o padre Hélder Câmara promoveu a sua história lutando por uma igreja mais próxima ao povo e a favor dos excluídos. Em 1931, juntamente com dois amigos, criou a Legião Cearense do trabalho e, dois anos depois, a Sindicalização Operária Feminina Católica, na qual reuniu lavadeiras, passadeiras e empregadas domésticas.
Trabalhando como educador, D. Hélder tornou-se, na época, uma espécie de Secretário da Educação, contribuindo para a reforma do método de ensino e o desenvolvimento da educação pública. O navio Afonso Pena o levou ao Rio de Janeiro, onde iniciaria uma nova fase. Assumiu a função de Director Técnico do Ensino da Religião, lutou pela fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB e do Conselho Episcopal Latino-Americano. Foi eleito Bispo em 20 de Abril de 1952.
No processo de mudança do País para o melhor, o social sempre esteve na obstinação de D. Hélder. Nas décadas de 50, funda a Cruzada de São Sebastião, destinada ao atendimento dos favelados, e o Banco da Providência, de actuação exclusiva entre os considerados na linha da miséria.
Aos 90 anos, em 27 de Agosto de 1999, morre D. Hélder. Saía da cena e entrava na história o homem que, em vida, recebeu o título de Cidadão Honorário de duas cidades do mundo, São Nicolau, na Suiça, e Rocamadour, na França, e de 28 cidades brasileiras. (ECCLESIA, nº 1159)


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