CRISTÃO/estilo novo Papa: Viver acusando e procurando defeitos no outro não é cristão
CRISTÃO/estilo novo
Papa: Viver acusando e
procurando defeitos no outro não é cristão
Podemos pensar que somos bons
católicos, mas não nos comportarmos como bons cristãos. O verdadeiro estilo do
cristão é aquele indicado pelas Bem-aventuranças. Foi o que disse o Papa na
homilia da missa na Casa Santa Marta comentando a emblemática expressão do
Evangelho do dia de Marcos: "Vinho novo em odres novos".
Por Vatican
News
21 Janeiro, 2019
O
Evangelho, a Palavra do Senhor é o “vinho novo” que nos foi dado, mas acolhê-lo
não é suficiente para sermos bons cristãos; isso exige de nós um “comportamento
novo”, um “estilo novo” que é precisamente “o estilo cristão” e que somente as
“Bem-aventuranças” podem nos indicar. Este é o significado da palavra-chave que
encerra o Evangelho de Marcos de hoje: “Vinho novo em odres novos”, e daqui
nasce a reflexão do Papa em sua homilia matinal na Casa Santa Marta.
Viver acusando os outros não é
cristão
“Para entender qual é o
estilo cristão – disse Francisco -, melhor entender talvez nossas atitudes que
são de um estilo não-cristão”, e cita três, o “estilo acusatório”, o “estilo
mundano” e o “estilo egoísta”:
O
estilo acusatório é o estilo daqueles fiéis que sempre procuram acusar os
outros, vivem acusando: “Não, mas isso, aquilo … Não isso, não … ele não é
correto, ele era um bom católico …” e sempre desqualificando os outros . Um
estilo – eu diria – de promotores de justiça falidos: estão sempre tentando
acusar os outros. Mas eles não percebem que é o estilo do diabo: na Bíblia o
diabo é chamado de “grande acusador”, que está sempre acusando os outros.
“Essa – destacou Francisco – é uma moda entre nós”, e era também no tempo de Jesus que em mais de um episódio reprovou os acusadores: “Em vez de olhar a palha nos olhos dos outros, olhe para a trave nos seus olhos “; ou ainda: “Aqueles que não pecaram podem atirar a primeira pedra”. Portanto, explicou o Papa, “viver acusando os outros e” procurando defeitos” não é “cristão”, não é odre novo”.
“Essa – destacou Francisco – é uma moda entre nós”, e era também no tempo de Jesus que em mais de um episódio reprovou os acusadores: “Em vez de olhar a palha nos olhos dos outros, olhe para a trave nos seus olhos “; ou ainda: “Aqueles que não pecaram podem atirar a primeira pedra”. Portanto, explicou o Papa, “viver acusando os outros e” procurando defeitos” não é “cristão”, não é odre novo”.
A mundanidade estraga muitas
pessoas
Isso também vale para o
estilo de vida que Francisco definiu como “mundano”, que é “do mundo”, típico
daqueles católicos que recitam o Credo, mas vivem de “vaidade, orgulho,
apegados ao dinheiro, autossuficientes”:
O
Senhor lhe ofereceu o vinho novo, mas você não mudou os odres, você não mudou.
A mundanidade, a mundanidade é o que estraga muitas pessoas, muitas pessoas!
Pessoas boas, mas entram neste espírito de vaidade, de orgulho, de serem vistas
… Não há humildade e humildade faz parte do estilo cristão. Devemos aprender
isto de Jesus, de Nossa Senhora, de São José, eles eram humildes.
A indiferença não faz parte do
cristão
E ainda há outro estilo
que se “vê em nossas comunidades” e que não é cristão: é “o espírito egoísta”,
o “espírito da indiferença”. “Penso em ser um bom cristão – explicou
Francisco -, eu faço as coisas mas não me preocupo com os problemas dos
outros, não me preocupo com as guerras, as doenças, com as pessoas que sofrem”
, não me preocupo com o próximo. É “a hipocrisia” que Jesus repreendia aos
doutores da Lei. Então qual é o estilo cristão verdadeiro?
O
estilo cristão é o das Bem-aventuranças: mansidão, humildade, paciência no
sofrimento, amor à justiça, capacidade de suportar perseguições, não julgar os
outros … E esse é o espírito cristão, o estilo cristão. Se você quer saber como
é o estilo cristão, para não cair neste estilo acusatório, no estilo mundano e
no estilo egoísta, leia as Bem-aventuranças. E este é o nosso estilo, as
Bem-aventuranças são os odres novos, são o caminho para chegar. Para ser um bom
cristão devemos ter a capacidade de recitar o credo com o coração, mas também
de recitar com o coração o Pai Nosso.
Gabriella Ceraso – Cidade do Vaticano
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