Naufrágios no Mediterrâneo. "Antes de tudo, salvar vidas em perigo"
Naufrágios no Mediterrâneo.
"Antes de tudo, salvar vidas em perigo"
O Papa Francisco revelou
ter duas grandes dores no seu coração. E uma delas – disse – é o Mar
Mediterrâneo.
“Penso nas 170 vítimas de
naufrágios no Mediterrâneo. Estas pessoas procuravam futuro para suas vidas.
Vítimas, talvez, de traficantes de seres humanos. Rezemos por elas e por
aqueles que têm responsabilidade pelo que aconteceu” – pediu Francisco.
Foi a primeira tragédia de 2019 com mortes nas rotas do mar
Mediterrâneo e aconteceu sexta-feira (18/01), quando um bote sobrecarregado de
migrantes costa da Líbia: 117 pessoas morreram afogadas na costa da Líbia. Três pessoas resgatadas pela marinha
italiana, transportadas para a ilha de Lampedusa, na Itália, e hospitalizadas, revelaram
que nenhum dos migrantes no barco insuflável usava coletes salva-vidas.
A maioria é proveniente da
Nigéria, de Camarões, Gâmbia, da Costa do Marfim e do Sudão. E mais 53 noutro naufrágio
entre Marrocos e a Europa.
“Diante de um fenômeno de
proporções tão grandes, a União Europeia deveria colocar de lado as pequenas
discussões e avançar com propostas amplas, que possam contrastar eficazmente os
traficantes de seres humanos”: é o que afirma a Comunidade de Santo Egídio.
“Antes de tudo, é preciso
salvar quem está em perigo, não apenas nos mares mas também no deserto e em
campos de detenção na África. Em segundo lugar, é preciso intervir com inteligência,
e de forma consistente, nos países de proveniência da imigração, reforçando a
paz e criando trabalho, a começar pelos jovens. Em terceiro lugar: é urgente também pensar no ingresso
regulamentado – como os ‘corredores humanitários’ em caso de guerras – porque
favorecem a integração, que é a única resposta humana, económica e socialmente
sustentável ao fenómeno da migração, que certamente nos acompanhará nos
próximos anos”.
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