JMJ 2022 Jornada vai mostrar o melhor de Portugal
JMJ 2022
Jornada vai
mostrar o melhor de Portugal
Jan 28, 2019 - 17:08
Padre João Chagas é responsável
pela secção da Juventude na Cúria Romana
O responsável pela
secção da Juventude do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa
Sé), padre João Chagas, disse à Agência ECCLESIA que a Jornada Mundial da
Juventude (JMJ) de 2022, em Lisboa, desafia Portugal a mostrar o que tem de
“melhor” e a sua “vocação de grandeza”.
“Portugal tem
oportunidade de, mais uma vez, mostrar a sua grandeza ao mundo”, realçou o
sacerdote.
“A Jornada ajuda-nos a tirar o melhor de nós mesmos.
Portugal, certamente, tem uma alma grande, um coração grande, já o demonstrou
na sua história”, acrescentou.
O padre João Chagas
recordou a experiência no Rio de Janeiro, em 2013, quando as autoridades – a
preparar também o Campeonato do Mundo de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos
(2016) – consideravam a JMJ o evento “mais desafiante” de todos.
“É um evento muito
grande”, assinala o sacerdote brasileiro, destacando a presença de “jovens
muito pobres” nas Jornadas Mundiais.
“Vêm jovens de todas
as classes sociais e muitas coisas têm de ser improvisadas, no sentido de
organizar com os menores custos possíveis”, refere.
O responsável do
Vaticano adverte que as companhias aéreas e hotéis que “podem tender a querer
ganhar muito”, numa JMJ, podem ficar dececionadas.
“Não é um evento onde
se possa cobrar muito caro, pelo contrário: ganhariam muito mais se fizessem
preços mais económicos”, sustenta.
O Vaticano anunciou
este domingo que Portugal vai acolher a próxima edição internacional da Jornada
Mundial da Juventude (JMJ), na cidade de Lisboa, em 2022.
O padre João Chagas
sublinha que a JMJ não são apenas os encontros com centenas de milhares de
pessoas, no encerramento do evento.
“Existem muitas
outras coisas que se passam, à volta da Jornada”, recorda, dando como exemplo o
que aconteceu no Panamá, onde confessionários foram feitos por reclusos.
“É um evento dentro
do evento”, precisa.
O responsável pela
secção destaca a importância dos encontros dos jovens entre si, com as famílias
de acolhimento ou com os bispos, nas catequeses.
A Jornada é um evento de massa, mas não é um evento massificante, porque
no seu interior é muito promovido o encontro pessoal. Isso é o mais
importante”.
Desde 1997, em Paris,
a JMJ é antecedida pelos chamados “Dias nas dioceses”, envolvendo todo o país
de acolhimento e inclusive outras nações vizinhas.
“Cada país, cada
diocese tem a oportunidade de mostrar a sua originalidade”, defende o padre
João Chagas.
“Portugal pode
inventar uma coisa nova”, conclui o responsável, admitindo abertura a “novas
propostas”.
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