FAMÍLIA/funchal P. Rui Pontes apresenta “um guia para noivos e famílias”
FAMÍLIA/funchal
P. Rui Pontes apresenta “um guia para noivos e famílias”
26 Janeiro, 2019
Foto: Jornal da Madeira |
O
livro “Caminhada em matrimónio. Um guia para noivos e famílias” foi apresentado
pelo P. Rui Pontes nesta sexta-feira, dia 25 janeiro, último dia das jornadas
de atualização do clero.
O P. Rui, assistente do
Secretariado Diocesano da Família e diretor do Centro de Preparação para o
Matrimónio (CPM), começou por citar a exortação apostólica “Amoris Laetitia”:
“os esposos tornam-se protagonistas, senhores da sua própria história e criadores
dum projecto que deve ser levado para a frente conjuntamente” (n. 218).
Este livro, realizado
pela federação portuguesa dos CPM, publicado em setembro de 2018, pretende ser
uma “ferramenta de trabalho” a partir das novas prespetivas da Igreja sobre a família
e o matrimónio, lançadas pelo Papa Francisco sobretudo com a “Amoris Laetitia”.
A obra está dividida em
seis temas que o P. Rui Pontes quis enumerar:
1. Uma comunidade de
amor. “O estar com outro não é um somatório de coisas”, referiu. A decisão de
acolher o outro torna-se também uma questão de fé e de amor. “Casar na igreja é
acolher o outro à maneira de Cristo. Esta é uma dimensão espiritual”.
Por outro lado também é necessário “reconhecer que o outro é uma obra
inacabada”.
2. Novas situações, novas
exigências. No matrimónio, os noivos confiam a vida a um outro. “Sem amor e
entrega o casamento pode reduzir-se a duas solidões”. Há mudanças a ter em
conta. “A vida vai-nos ensinando a sonhar, a esperar o melhor e a preparar o
pior. A acumular energia nos momentos bons para ir gastando nos momentos de
dificuldade”, disse citando o livro.
3. Diálogo e gestos de
amor. “Casar na Igreja leva-me a perceber que o meu companheiro tem uma
dimensão sagrada”. Na vida do casal tudo tem o seu tempo, cada história de amor
é única, não se pode medir ou comparar.
4. Fecundidade do casal.
A fertilidade passa
pela paternidade responsável e também pela sua regulação. Ter em conta o bem do
outro no discernimento das circunstâncias. “Saber transmitir a vida é
participar do plano criador de Deus”.
5. Matrimónio,
sacramento do Amor. É possível amar o outro à maneira de Jesus. Mais do que um
contrato é uma aliança. Enquanto o contrato obriga ao seu cumprimento, a
aliança conduz á liberdade para amar. “Quem casa é para fazer o outro feliz”. O
casamento não é abdicar de alguma coisa mas uma escolha. Entender o casamento
como sacramento é vê-lo como “sinal da presença do amor de Cristo nas nossas
vidas”.
6. Amor ao longo da
vida. A presença e o olhar são duas dimensões que devem acompanhar a vida do
casal ao longo da vida. Vencer todos os obstáculos que podem aparecer (egoísmo,
agressividade, ódio, rancor, inveja, vingança, murmurações), implica ter
presente que amar é cuidar sempre.
Na Diocese do Funchal, o
CPM tem programado diversos encontros: dia 6 de fevereiro (Calheta), 7 de
fevereiro (Santa Cruz), 22 de fevereiro (Funchal) e 26 de abril (Câmara de
Lobos).
A finalizar a
apresentação do livro, o sacerdote assistente do secretariado diocesano da
família convidou à oração:
“Senhor, Deus amor,
É belo e promissor o
caminho que nos propões.
Caminho de encontro e
partilha,
No gozo feliz de nos
descobrirmos um ao outro
Amados no teu imenso
amor.
Queremos juntos, guiados
por Ti
E iluminados pelo nosso
amor,
Como o povo peregrino no
deserto,
Conduzido à terra
prometida,
Avançar confiantes que
nos conduzes
Por sendas de
felicidade.
Te pedimos que o nosso
noivado
Seja oportunidade de
crescermos
Na certeza de nos
amarmos
E a preparação que
fazemos para a celebração
do Sacramento do
Matrimónio
nos ajude a encontrar-Te
como Senhor
e amigo de todas as
horas.
Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espirito Santo.
Como era no princípio,
agora e sempre. Ámen”.
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