Igreja em saída IV Paz na casa comum respeitando os direitos humanos
Igreja
em saída IV
Paz na casa comum respeitando os direitos
humanos
24 Janeiro, 2019
1.«A boa política está ao serviço da paz»
— Foi este o tema da Mensagem do papa Francisco para o 52º Dia Mundial da Paz
(DMP), celebrado no dia 1 de Janeiro 2019. O Papa sublinhou que “a
responsabilidade política pertence a cada cidadão”, nomeadamente “quem recebeu
o mandato de proteger e governar”, sendo assim um desafio aos governantes, para
se tornarem “mediadores” de um verdadeiro futuro para todos.
O Papa quer que 2019 seja um
ano de paz para todos, pois a política está ao serviço das relações cívicas, da
mediação, da construção da amizade entre todos, do bem-estar para toda a
família humana. Se a política perde este horizonte do “serviço à coletividade
humana”, converte-se num “instrumento de opressão, marginalização e até
destruição”.
2. Vícios que colocam em perigo a paz social — O Papa Francisco
enumera 12 “vícios” que atualmente impedem a política de dar seguimento a todo
o seu potencial humano e social, enfraquecem o ideal duma vida democrática
autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em perigo a paz social”.
São: “A corrupção, nas suas múltiplas formas de apropriação indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas, a negação dos direitos, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da «razão de Estado», a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio”.
São: “A corrupção, nas suas múltiplas formas de apropriação indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas, a negação dos direitos, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da «razão de Estado», a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio”.
3. Bispo do Porto denuncia perseguição aos cristãos — Na noite de
Natal, na celebração do nascimento de Jesus Cristo, D. Manuel Linda apontou o
dedo a um “mundo de dirigentes mundiais que não perde o sono pelo fato de os
cristãos serem dizimados no Próximo Oriente, em África e um pouco por toda a
terra”. Embora sob o silêncio da comunicação social, podemos lembrar que as
perseguições atingem 215 milhões de cristãos. “Um mundo que pretende sepultar a
Igreja sob uma laje de silêncio”, referiu.
Sob “pretexto de laicidade,
parece que os crentes perdem a sua condição de cidadãos e os direitos que daí
advêm; um mundo de cinismo que rejeita os grandes valores comprovadamente úteis
para a sociedade, só porque vinculados pela Igreja, instaurando a aridez
familiar e social e fragmentando a existência”.
4. Gritos de socorro — A Igreja Católica em Cabo Delgado,
Moçambique, emitiu na celebração do Natal, uma mensagem de ‘gritos de socorro,
gritos que vêm das mães, das crianças, dos jovens, das comunidades daquela
província, na sequência dos ataques armados de que são vítimas desde Outubro de
2017’.
Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba, tinha visitado antes, três comunidades, em Mocímboa da Praia, duas das quais totalmente destruídas pelos atacantes. No rosto das pessoas: “muita dor, desolação, sofrimento, sensação de abandono”.
Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba, tinha visitado antes, três comunidades, em Mocímboa da Praia, duas das quais totalmente destruídas pelos atacantes. No rosto das pessoas: “muita dor, desolação, sofrimento, sensação de abandono”.
O Presidente da República,
Filipe Nyusi, assegurou que as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno,
ao longo de 2018, para combater a onda de violência.
Do comunicado da Diocese, perante os gritos de socorro das comunidades assoladas pelos ataques armados, semeando dor e luto no seio das famílias: “O Natal é a festa da vida. Basta de tanta violência. Basta de omissão. Basta de dizer que tudo será normal e controlado. Respeito pelo povo trabalhador é o mínimo que pedimos, é o mínimo que exigimos”.
Do comunicado da Diocese, perante os gritos de socorro das comunidades assoladas pelos ataques armados, semeando dor e luto no seio das famílias: “O Natal é a festa da vida. Basta de tanta violência. Basta de omissão. Basta de dizer que tudo será normal e controlado. Respeito pelo povo trabalhador é o mínimo que pedimos, é o mínimo que exigimos”.
5. Direito à liberdade religiosa e à paz — Segundo informações da
AIS, a situação dos grupos religiosos minoritários tem-se deteriorado em 18
países sendo significativas as violações da liberdade religiosa. A religião
considerada como causa do caos ou de situações de tensão num país, é manipulada
pelos protagonis- tas da violência com objetivos políticos ou interesses
económicos. E para proveito pessoal.
De Bangui, República
Centro-Africana, diz o cardeal Dieudonné Nzapalaínga, “a liberdade religiosa é
uma questão de sobrevivência”,… “as forças da destruição estão bem
estabelecidas, não temos qualquer escolha: ou conseguimos restaurar a paz ou
desapareceremos”.
No Ocidente, “as comunidades
religiosas são ignoradas por um mundo iletrado em termos religiosos”. “Aos
olhos dos governos, a liberdade religiosa está a cair nos rankings de
prioridades dos direitos humanos, sendo eclipsada pelas questões de género,
sexualidade e raça”. (Liberdade Religiosa no Mundo 2018, Sumário Executivo) Há
um recrudescimento por parte “dos extremistas, motivados pelo ódio religioso”.
Estes ataques estão a tornar-se universais, iminentes e sempre presentes. Esta
ameaça pode ser apelidada de “terrorismo de proximidade”.
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